Bancários e bancárias do Piauà aderem às manifestações do 11 de novembro
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11/11/2016 :» João Henrique Vieira :» Notfound
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Bancários e bancárias em todo o país aderiram ao “Dia Nacional de Greve e de Paralisações, por nenhum direito a menos”, convocado pelas centrais sindicais, nesta sexta (11/11), em protesto contra a PEC 241 (agora PEC 55, no Senado), que congela por 20 anos investimento em serviços essenciais, como saúde e educação; contra reforma da Previdência; reforma trabalhista, que retira direitos e garantias; além da terceirização – um conjunto de projetos que hoje tramitam no Congresso e que atentam contra toda a classe trabalhadora e à sociedade. O presidente do Sindicato dos Bancários do Paiuí, Arimatea Passos, disse que a classe trabalhadora está unida e se mobilizando em todo o país. “Em todo o Brasil trabalhadores estão se manifestando, em todo o País a classe bancária também se mobiliza, essa é mais um demonstração de que os trabalhadores dizem não a esses projetos e proposta que tanto prejudicam o país, os trabalhadores, estudantes e principalmente os mais necessitados”, disse Arimatea.
No Piauí, as manifestações se concentraram na Praça Rio Branco, no centro da Capital, além de circular pelas ruas do centro comercial, e na Praça da Graça, em Parnaíba. Em Teresina Trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias juntas, representadas por diversas frentes sindicais e associações, disseram não ao um projeto de país que massacra a classe trabalhadora e os mais pobres. Para o diretor de RH do Sindicato dos bancários do Piauí (SEEBF-PI), Emiliano Almeida, é preciso alertar sobre a gravidade do momento “A gente tenta alertar os trabalhadores e trabalhadoras sobre o que está acontecendo no país. Está havendo um verdadeiro desmonte nas conquistas sociais e trabalhistas, então temos que ir pra rua protestar, alertar os que estão ainda apáticos ao movimento. Temos hoje vários projetos que atentam contra os trabalhadores, como a questão da terceirização, o negociado sobre o legislado, a proposta de que o patrão pode negociar diretamente com o trabalhador, sem a intervenção do sindicato. Isso é grave”.
Várias pautas, palavras de ordem e discursos em defesa dos direitos trabalhistas e sociais marcaram a manifestação na Praça Rio Branco – das ocupações estudantis que se espalham e se fortalecem, aos vários projetos que sangram direitos e mudam a cara do país. A diretora sindical Francisca De Assis na oportunidade falou sobre a reforma da Previdência, terceirização e da descentralização do FGTS, mais uma ameaça os recursos dos trabalhadores e à Caixa. De Assis comentou sobre a importância de encampar a luta em prol dos menos favorecidos. “Os dirigentes sindicais precisam ser professores da sociedade. Somos as pessoas com mais oportunidades de tomar conhecimento dos riscos que os trabalhadores e os pobres sofrem e quem, conhecendo as ameaças, tem a obrigação de traduzir em palavras simples para as pessoas que não têm acesso as informações que nós temos. Estamos concorrendo com a mídia que está a favor da elite, que é elite, e defende os ricos, em detrimento dos pobres, nós temos a obrigação de defender a igualdade, igualdade de oportunidades, direitos básicos fundamentais para todas as pessoas”, disse.
O setor bancário é hoje uma das categorias mais ameaçadas pelos projetos e propostas do atual do governo, por isso a importância de ficar alerta e encampar a luta contra medidas antissociais. “O movimento bancário que tem que ficar alerta porque uma das principais classes, que é objeto desse desmonte, é a classe bancária. Se passar o projeto da terceirização vai ter uma redução considerável de bancários e bancárias, redução de direitos, aumento de jornada, redução de salário, fora a proposta do governo de privatização. A ideia é abrir o capital da Caixa primeiramente, Banco do Brasil já é economia mista, e tornar ela privada. Então o governo está gerindo única e exclusivamente em prol dos banqueiros”, analisa Emiliano Almeida.
De Assis enfatiza a necessidade de defender as empresas e bancos públicos frente à ameaça do setor privado, que visa apenas a lucratividade. “Tudo o que é lucrativo nos bancos oficiais os banqueiros privados querem. Querem retirar dos bancos públicos o comprometimento público de oferecer serviços à sociedade, de financiamento de bens sociais. O banco privado quer o dinheiro, mas não quer o compromisso com a sociedade”, finaliza.
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