Funcionários do Bradesco de Teresina retardam atendimento no Dia Nacional de Luta

Atendendo a mobilização da Contraf-CUT, bancários de Teresina também realizaram nesta quarta-feira (23/11) o Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Bradesco. Houve retardamento do atendimento ao público de 8h às 11h. Com o mote “Bradesco lucra alto e demite muito”, dirigentes do Sindicato dos Bancários do Piauí encabeçaram a mobilização que contou com a participação de funcionários das agências localizadas na Rua Álvaro Mendes, centro da cidade.

O Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Bradesco acontece simultaneamente em todo o país como forma de chamar atenção da sociedade e dar visibilidade a postura do banco que cortou 4.790 postos de trabalho, nos últimos 12 meses. Somente no Piauí, foram mais de 20 funcionários demitidos este ano, segundo informa o diretor de Relações do Trabalho, João Mariano Segundo.

Ele ressalta que mesmo sendo um dos bancos que mais lucra - R$ 12,736 bilhões somente nos primeiros nove meses de 2016 – é também o que mais demite empregados. “Estamos precisando de novos funcionários, pois a quantidade que temos hoje em dia é insuficiente para atender a demanda de clientes”, acrescenta.

O presidente do SEEBF-PI, Arimatéa Passos, foi enfático em seu discurso aos clientes deixando claro que a manifestação é para proteger os direitos dos funcionários do Bradesco. “Essa manifestação foi decidida pela Contraf-CUT e a Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco e em Teresina optamos pelo retardamento no atendimento aos clientes”, pondera.

Arimatéa explica que a categoria luta por melhores condições de trabalho e que o sindicato repudia a política de demissões.

Por sua vez, o diretor João Neto falou que no ato da incorporação do HSBC pelo Bradesco ficou acordado que não haveria demissão de funcionários, todavia, não é isso que vem ocorrendo. “Foram garantidos os postos de trabalho, mas ao longo do processo de fusão o Bradesco começou a demitir mais de 300 trabalhadores e vários Postos de Atendimentos Avançados (PAA) foram fechados”, diz, comentando que tudo isso reflete em prejuízo para os clientes, uma vez que o número reduzido de funcionários ocasiona em sobrecarga de serviços nas agências.

O Dia Nacional de Luta, conclui João Neto, é uma tentativa de barrar as medidas que prejudicam os bancários e trabalhadores, “afinal, todos estão sendo afetados como efeito dominó. Vamos à luta”.