Bancários do Piauí traçam metas para 2017 durante Planejamento Estratégico da categoria

Como forma de discutir e definir as prioridades para o próximo ano a serem implementadas pelo Sindicato dos Bancários do Piauí, foi realizado no dia 16/12/2016 o Planejamento Estratégico para 2017, no auditório do Luxor Hotel durante a manhã e tarde. Na programação, o especialista Malcon Robert Lima Gomes proferiu palestra sobre a reforma na Previdência proposta pelo governo federal, particularizando as consequências que pode trazer para o trabalhador brasileiro.

Na abertura, o presidente do SEEBF-PI, Arimatéa Passos deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou a importância de trabalhar contra o desemprego. Disse que 2017 será um ano difícil, mas teremos muita luta e negociação em defesa da categoria bancária”, pondera.

Por sua vez, o vice-presidente, Odaly Medeiros falou que o planejamento é de grande relevância porque vai traçar as metas que serão colocadas em prática no próximo ano. “Sabemos que teremos uma grande demanda de pautas estratégicas em todos os setores para darmos andamento, e que precisamos de resultados”, avalia.

Já a Diretora de Imprensa e Comunicação, Hortência Oliveira, particularizou a necessidade de todos estarem unidos para lutar pela coletividade. “Temos que estar unidos e estou aqui para aprender com os demais colegas de sindicato”, diz.

Para dar início aos trabalhos, o coordenador do planejamento e diretor da Contraf-CUT, Marcos Vandaí, fez uma breve relato sobre movimento sindical, esclarecendo que “cada dirigente sindical tem um perfil diferente e deve se identificar com sua capacidade e contribuição para a causa dos bancárias”, enfatiza.

Em sua explanação, Malcon Robert começou informando a todos a justificativa para se fazer a reforma da previdência, comentando que alegava-se um déficit, uma vez que as contas da Previdência não batiam com a realidade. Falou que a seguridade social é baseada nos três pilares: previdência social, assistência social e saúde pública. “Tenho plena convicção que o SUS (Sistema Único de Saúde) também vai ser afetado por essa reforma na previdência”, adiantou.

Sobre a iniciativa do SEEBF-PI de levantar e discutir o assunto com a categoria bancária, Malcon reforça ser de extrema importância, “pois essa reforma alcança todas as categorias, até porque são celetistas, então, todos vinculados ao regime geral de Previdência Social, até porque é bem mais ampla e alcança o serviço público. E na forma como está sendo proposta – empurrada, digamos – a gente não concorda, ao tempo que não há esclarecimentos ou cálculos, não são apresentados como é que se chegou aquele valor, aquela idade, além de ser uma mudança muito brusca que não tem regras de transição razoáveis”, observa, acrescentando que, se há necessidade de reforma, tudo bem, mas não nesses moldes propostos porque são alterações bruscas que não tem regras claras.

O especialista, juntamente com outros estudiosos da matéria, disse que a proposta é que seja esclarecido se realmente existe déficit na previdência, e de que forma chegaram a tal proposta. “Esse é o principal ponto de partida para a gente depois passar a discutir eventual necessidade e as adequações, e ver o que o governo tem a oferecer para cobrar, por exemplo, que se exijam quase 50 anos de contribuição.

Malcon Lima fez uma explanação sobre os tipos de aposentadorias por tempo de serviço para homens e mulheres, esclareceu quanto à proposta para acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição que vai passar de 15 anos para tempo mínimo de 25 anos de carência.

No que diz respeito às regras de transição para quem tiver pelo menos 50 anos de idade (homem) ou 45 (mulher), pagará um pedágio de 50% sobre o tempo restante para o mínimo de 35 ou 30, se homem ou mulher, respectivamente, “Se for aprovada a reforma na previdência, haverá uma mudança radical na vida do trabalhador”, pondera o especialista que deu umas pinceladas sobre auxilio doença e seu impacto na aposentadoria por tempo de contribuição, bem como a revisão por porte que hoje corresponde a 100% do beneficio recebido pelo titular.

Em sua avaliação pessoal, o coordenador Marcos Vandai relatou que o evento foi positivo. “Através de tudo que foi exposto aqui e com um pacto maior de convivência respeitosa, visualizaremos através de todo esse plano, um ano de 2017 que vai ser difícil,  mas menos ruim para nossa categoria”.

Ele defendeu a necessidade de fazer uma reforma estatutária, investir mais em quem está começando a atuar como diretor no SEEBF-PI,  “pois nós não vamos ficar para sempre, mas temos que voltar a atenção para inauguração de novas casas da Colônia de Férias e ampliação do albergue, sendo que os desafios são muitos e vamos vencê-los”, comenta o coordenador.

Para finalizar o planejamento na parte da tarde, foram realizados os debates com todos os dirigentes presentes que deram sua opinião e sugestões de ideias da melhor forma de gerir o SEEBF-PI em 2017.

Na pauta, foi dada maior atenção para eleição dos delegados sindicais, programação para o esporte, cultura e lazer com aposentados; participação do sindicato na Contraf-CUT para políticas afirmativas; estruturação cada vez maior do jurídico, principalmente na parte de audiovisual da imprensa do sindicato; investimento em atualização e formação profissional; novo layout da sala de comunicação; e finalizando  com a criação do Conselho Editorial formado por Arimatéa Passos, Odaly Medeiros, Hortência Oliveira, Francisca de Assis e João Neto,  entre outras sugestões.