A diretoria do Banco do Brasil tem pressa em modificar o Estatuto da Cassi. As mudanças se baseiam na retirada de direitos e em diversas mudanças na gestão que virão em prejuízo dos associados. Alega que as alterações têm que ser feitas imediatamente para adequar a realidade da Cassi às resoluções da CGPAR, principalmente a 22 e 23. O que é uma grande mentira.

Em primeiro lugar, porque, pela lei, as estatais têm 48 meses para se adaptar às normas da CGPAR. E em quatro anos muita coisa pode acontecer. Logo, não existe nenhuma obrigação legal para que as mudanças sejam feitas neste momento. Um bom exemplo disto foi dado pela Caixa Econômica Federal. Lá, as regras atuais do Saúde Caixa foram mantidas até 2021, ano em que as adequações serão discutidas. Discutidas, e não automaticamente implantadas, até porque muita coisa ainda pode acontecer.

Além disto, há várias ações na Justiça, movidas pela ANABB e pela AAFBB, contestando estas novas normas. Nenhuma delas foi julgada ainda. Em outra frente, tramita no Congresso Nacional o projeto de decreto legislativo 956/2018, de autoria da deputada Érika Kokay (PT-SP), que suspende a resolução 23 da CGPAR. Considera que viola direitos assegurados em acordos coletivos de trabalho, estatutos e convenções que regulam as entidades de autogestão de saúde, como a Cassi e o Saúde Caixa.

O BB marcou a votação de 24 de setembro a 5 de outubro, correndo contra o tempo, para aprovar as mudanças no estatuto. Inclusive pretende fazer isto antes da eleição para presidente que, dependendo do eleito, pode mudar todo este quadro, inclusive revendo todas as resoluções da CGPAR, sobretudo a 22 e a 23, que dizem respeito aos planos de saúde das estatais.

Por isto, é importante votar NÃO, para exigir que o banco venha para a mesa de negociação, discutir com os verdadeiros donos da Cassi: os funcionários da ative e aposentados.

A direção do BB quer alterar o estatuto da Cassi para assumir o controle absoluto e fazer as alterações que lhe interessam, sem consulta aos associados, colocando em risco o futuro de nosso plano de saúde. Para isso, conta com o apoio de seus prepostos (indicados) na Cassi e de dirigentes recém-eleitos.

Veja algumas mudanças estatutárias que o banco pretende:

1) Implantar o voto de minerva na diretoria, a favor do banco

2) Anuência prévia do banco para fazer consulta aos associados

3) Criar outro plano de saúde para inscrever os futuros concursados

4) Criar plano de saúde sem custeio do BB para os aposentados

5) Reduzir a idade dos dependentes de 24 para 21 anos

6) Alterar a atribuição das diretorias para restringir o atendimento aos associados

7) Cobrar por dependente, sem custeio do BB para dependentes de aposentados e sem observar percentual sobre salário, favorecendo quem ganha mais e penalizando quem ganha menos

Vote NÃO e defenda a Cassi e os direitos dos associados ativos e aposentados e exija que o banco trate os associados com dignidade e respeito.

Acontece nesta terça-feira (18/09), um debate sobre a CASSI, com o senhor Paullo Willians Rocha da Silva (Gerente Executivo de Rede de Atendimento da CASSI), às 18h, na AABB Teresina-PI.

 



Fonte tags:»






Compartilhe :