O Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI) realizou manifestação nesta sexta-feira (29) em frente a algumas agências da capital e concentrou a manifestação na agência do Banco do Brasil localizado na rua Álvaro Mendes. No Piauí, todas as agências do BB paralisaram contra o programa de reestruturação que a direção do Banco do Brasil pretende aplicar. É um movimento contra o desmonte do BB, onde a reestruturação pretende fechar centenas de agências, retirando comissões e desligamentos de 5 mil trabalhadores.

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, pontua que os bancários pararam exatamente porque não estão satisfeitos com o que vem acontecendo com restruturação. “Ela traz prejuízo muito grande para a sociedade e em especial aos trabalhadores. Uma das propostas do BB é a retirada brusca do cargo de caixa, uma função muito importante para a população. Por isso o movimento de hoje tem uma perspectiva de que o banco pense mais uma vez antes de tomar suas medidas, porque estamos tentando negociar, mas sem sucesso”, destacou Odaly Medeiros.

 

Para o diretor do SEEBF/PI, Arimatea Passos, o Banco do Brasil hoje é fundamental para o país. “Ele sempre foi um pilar. São duzentos e dezoito anos que todas as pessoas, desde um pequeno comerciante, um pequeno agricultor, até o médio e o grande, todos passaram por essa estrutura e necessitam de um banco que apoie a agricultura, um grande negócio. É fundamental que a população nesse momento, esteja nos apoiando, assim como os bancários”, ressaltou o diretor.

 

 

Thiago Soares, diretor jurídico do Sindicato dos Bancários do Piauí, destacou hoje como um dia positivo. “A categoria entendeu que é necessário a resistência, é necessário a luta e não aceita a perda de direitos. Na pandemia, mesmo com todas as dificuldades e limitações, os bancários não deixaram de atender ninguém. Viemos mostrar a força da categoria para lutar contra esse desmonte”, pontuou o diretor jurídico.

 

De acordo com Fabiana Bezerra, diretora do SEEBF/PI, a situação atual dos trabalhadores do Banco do Brasil não está fácil. “As medidas adotadas agora pelo pela presidência do banco foi simplesmente descomissionar todos os caixas do Brasil, só que isso vai fazer uma diminuição drástica do salário dos empregados e é motivo de muito descontentamento, porque foi uma política muito abrupta, assim, de uma hora para outra. Não teve sequer nem um aviso, nem nada, simplesmente descomissionou” ressaltou Fabiana Bezerra.

 

A reestruturação prevê o fim do cargo de caixa, bem como a desativação de 112 agências no Brasil, a conversão de 243 agências em postos de atendimento, entre outros pontos e foi algo unilateral, não foi discutido previamente com os funcionários e seus representantes as mudanças.

 

Fotos: João Henrique Vieira 



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