Agências e departamentos do Banco do Brasil em todo o Piauí foram fechadas nesta quarta-feira (10).  O protesto é contra a reestruturação anunciada no dia 11 de janeiro pela direção do banco. A reestruturação pretende demitir 5 mil bancários por PDV, fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento e descomissionar centenas de funções. O aumento da digitalização bancária é o principal argumento do governo federal para colocar em prática a reestruturação.

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI), Odaly Medeiros, destaca que a função de caixa é bicentenária. “Em sinal de protesto estamos em estado de greve e o Sindicato está junto com os bancários do Banco do Brasil, manifestando, alertando a sociedade a importância do Banco do Brasil. Estamos trabalhando também em uma frente de combate, buscando que o Congresso se sensibilize e não deixe que o Banco do Brasil seja vendido. Além do movimento que o sindicato sempre fez, vai continuar fazendo um trabalho onde nós temos a certeza que a nossa luta não é em vão”, ressaltou Odaly Medeiros.

 

Gilberto Soares, vice-presidente do SEEBF/PI, pontua que já é a quarta mobilização contra a restruturação. “A mobilização envolve todo o Piauí, não só a capital.  Nós não aceitamos que o Banco do Brasil imponha uma restauração em que ele fecha agências, desliga colegas importantes nesse momento de atendimento, de pandemia, bem como extingue as comissões de caixa, prejudicando o atendimento aos clientes e a população”, disse o vice-presidente.

 

Para o diretor do Sindicato, Arimatea Passos, a conscientização é necessária, a lutar em defesa do Banco do Brasil deve ser de todos. “Lutar em defesa da função de caixa, assim como pela manutenção dos empregos. O Banco do Brasil está cada vez mais sendo levado a privatização, porque não vai prestar bom serviço, que até então, com qualidade prestava à população brasileira”, destacou Arimatea.

 

 

Luís do Monte, que é bancário do BB e que perdeu a função de Caixa, pontuou que hoje é um dia triste, que marca a extinção da função de caixa. “É um momento muito frustrante para a categoria. Estudamos para entrar no serviço público e prestar um serviço para a sociedade, sempre tentando fazer o melhor possível e o patrão e precariza o serviço”, ressalta o bancário.

 

 

A diretora do Sindicato, Marília Machado, destaca que a única solução para os bancários neste momento são as mobilizações. “Estamos tentando sensibilizar os diretores do Banco do Brasil, de que vários pais de família, estão sendo massacrados com essa diminuição salarial”, finaliza Marília.

 

 

Fotos: João Henrique Vieira

 



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