O jornal Valor Econômico publicou, nesta segunda-feira (13), uma extensa reportagem sobre o novo presidente do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), a Previ, João Fukunaga. A matéria parte de “uma defesa enfática da governança da fundação em um encontro (…) com entidades vinculadas ao banco”, feita por Fukunaga. Segundo o jornal, o administrador aproveitou o evento para apresentar sua capacidade de gerir o maior fundo de pensão fechado do país, com mais de R$ 240 bilhões em ativos, o que o torna um grande investidor no país.

Fukunaga ressaltou sua experiência na trajetória de luta no movimento sindical dos bancários. “Nesse período, desenvolvi e exerci minhas habilidades com gestão de pessoas e de projetos, em que usei a minha capacidade de negociação na interlocução com diretores e altos executivos do setor financeiro, tanto no Brasil quanto no exterior. Isso me deu uma ampla experiência em liderança de equipes, além de ter de desenvolver uma sólida capacidade para defender os anseios dos associados”, afirmou, em passagem destacada pelo diário.

Ele afirmou que para “garantir o pagamento de benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável”, a Previ tem uma “robusta e reconhecida” governança, que, conforme o Valor, é uma “referência no segmento de fundos de pensão”. No evento, Fukunaga disse que a fundação tem “119 anos de experiência e de solidez, desenvolvidos em um sistema que respeita a tradição, mas com um olhar constante na inovação e no futuro. É uma construção fortalecida diariamente, com regras claras, processos e ‘compliance’(…)”. O gestor garantiu que trabalhará para que “a governança da Previ seja cada vez mais aprimorada, para garantir que o futuro de todos os associados seja preservado”.

Em 2022, a Previ apresentou superávit de R$ 5,6 bilhões no Plano 1 (benefício definido da instituição, com rentabilidade de 13,5% no ano), R$ 241 bilhões em ativos totais e um recorde no pagamento de benefícios de R$ 15,6 bilhões. No Previ Futuro (de contribuição variável e R$ 26 bilhões em ativos), todos os perfis de investimentos tiveram rentabilidade positiva, com destaque para o conservador, com 8,4%.

A publicação conta que Fukunaga afirmou que foi indicado ao cargo pelo patrocinador, o BB. O executivo também comentou o fato de o Banco do Brasil ter a primeira mulher presidenta, Tarciana Medeiros. “Tarciana é uma prova de que as mulheres podem e devem ocupar o espaço que desejarem. Que o topo é aonde elas quiserem chegar. E, para isso, está implementando uma política de diversidade e equidade efetiva, que terá eco na Previ. Aqui, assim como no Banco do Brasil, não teremos tolerância com assédio e preconceito de qualquer tipo”, garantiu.

Movimento sindical presente

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Empressa dos Funcionários do Banco do Brasil marcaram presença no evento. “Acreditamos que Fukunaga tem capacidade de fazer uma boa gestão, por ser uma pessoa que está acostumada a defender os interesses dos associados da caixa de previdência”, avalia Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT. “Mas destacamos que, independentemente de quem esteja na frente da gestão da Previ, o movimento sindical dos trabalhadores bancários continuará cobrando pela melhor gestão possível da entidade, criada com luta pelos funcionários do BB, para garantir aposentadoria digna e proteção aos seus familiares”, conclui.

“A Contraf-CUT continuará com seu papel de vigilante cobrando da Previ e do Banco do Brasil, como sempre vez, independentemente de governo. Temos um plano forte, porque os trabalhadores acompanham de perto”, garante Fernanda Lopes, coordenadora em exercício da Comissão dos funcionários.



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