“Priorizar a saúde mental no local de trabalho” é lema do Dia Mundial da Saúde Mental 2024
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11/10/2024 :» Leal Comunicação & Assessoria :» Saude & Bem estar
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A saúde na categoria bancária é uma prioridade frente aos números crescentes nos índices de adoecimento por conta do trabalho. O dia 10 de outubro é a data alusiva o Dia Mundial da Saúde Mental, e o Sindicato dos Bancários do Piauí chama atenção para a importância da conscientiza e luta por um ambiente de trabalho saudável, inclusive uma das conquistas da Campanha Nacional de 2024, foi o combate ao assédio moral e sexual que também são causas de adoecimento no meio bancário.
O diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários do Piauí, Raimundo Nonato Neide, explica que o lema deste ano do Dia Mundial da Saúde Mental é “Priorizar a saúde mental no local de trabalho” destacando a importância de um ambiente de trabalho saudável para todos os trabalhadores e trabalhadoras.
“Segundo dados das Nações Unidas, uma em cada oito pessoas vive com algum transtorno nesse campo. Na categoria bancária o levantamento feito pelo Dieese com base em dados do INSS e da RAIS mostrou que bancários e bancárias representaram 25% de todos os afastamentos por questões de saúde mental em 2022 relativas ao trabalho. São dados preocupantes e que mostra a importância de lutarmos por um ambiente de trabalho saudável”, afirmou Neide.
Na Pesquisa Nacional da Contraf-CUT feita em 2023, em parceria com Universidade de Brasília, com cerca de 5.800 bancárias e bancários, mostrou que 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho; 40,2% estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa; 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico, e cerca de 80% declararam pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho em 2022.
O diretor do SEEBF/PI, Antônio Machado, ressaltou ainda que na Consulta Nacional dos Bancários 2024 (com 46.824 trabalhadoras e trabalhadores do setor bancário de todo o país) revelou que 67% sofriam com preocupação constante com o trabalho; 60% cansaço e fadiga; 53% com desmotivação e vontade de não ir trabalhar; e 47% com crises de ansiedade ou pânico.
“Percebemos claramente nas agências bancárias que os colegas são fortemente atingidos, dia a dia, em sua saúde mental, principalmente pela cobrança de metas abusivas. Já vai trabalhar de uma forma adoecida, sem ânimo, entendendo que a meta é muito alta e ele não vai conseguir. Os banqueiros querem lucros crescentes semestre a semestre, não se preocupam com a saúde mental do trabalhador. Além das metas, tem a ainda a preocupação com o fechamento de postos de trabalho, as condições de segurança, o assédio. Uma série de fatores que coloca a categoria bancária no centro dessa questão da saúde mental”, afirmou Machado.
O diretor informou ainda que o Banco do Brasil lançou uma pesquisa, através do Instituto Gallup (entre os dias 10 a 25/10), sobre propensão ao Burnout, e que o Sindicato dos Bancários do Piauí conclama a categoria do Banco do Brasil, especificamente, a responder.
“O Burnout é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como uma doença ocupacional. Dados que temos hoje é que 30% dos trabalhadores brasileiros são acometidos dessa síndrome, e eu acredito que no setor bancário esse percentual seja ainda maior. Então, é uma oportunidade que os bancários e bancárias do BB têm de responder a pesquisa e mostrar que o banco precisa entender que isso é resultado do ambiente que o próprio banco cria e que ele precisa tomar providências”, conclui Antônio Machado.
Fonte João Henrique SEEBF/PI tags:»
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