Momento em que bancários e bancárias do Piauí sentam para debater temas fundamentais para a categoria, o XXXI Encontro Estadual dos Bancários do Piauí 2016 acontece na manhã deste sábado (04/06), na sede do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), em Teresina, trazendo na programação palestras sobre conjuntura política e econômica, saúde do trabalhador e principalmente a campanha salarial 2016/2107, que esse ano promete ser ainda mais difícil, devido ao momento econômico e político atual, em que se verificam cortes, reduções e ameaça a direitos e garantias trabalhistas conquistadas. Haverá ainda a eleição de delegados representantes para os encontros nacionais do Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica.

 

Para entender um ponto fundamental neste momento que o país atravessa, o encontro traz na programação a palestra sobre conjuntura econômica com a economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Vivian Machado, que vem ao Piauí fazer uma análise sobre o resultado financeiro apresentado pelos bancos no primeiro trimestre de 2016, além de abordar sobre formas de como as novas tecnologias impactam o mundo do trabalho, especialmente no setor bancário, como aumento de demissões. Para Arimatéa Passos, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, a vinda de Vivian Machado é fundamental para entender o contexto econômico atual e orientar a categoria em suas reivindicações. “Esse encontro tem uma característica muito importante, Vamos debater a conjuntura política e econômica atual. Houve mudança no governo e com isso mudança nos rumos da economia, e nós precisamos perceber aquilo que está acontecendo politicamente no Brasil, o que está sendo proposto pelo governo interino para os trabalhadores, quais as expectativas na política econômica, pois isso afeta todo mundo, principalmente os trabalhadores”, afirma Arimatéa.

 

Ao longo do ano, foram realizados os encontros regionais dos bancários do Piauí que preparam e iniciam os debates e questões que serão levantadas e discutidas no encontro estadual. Um dos pontos principais é a campanha salarial 2016/2017, que este ano deverá ser ainda mais complexa e adversa, devido ao contexto político e econômico. Nesse sentido, a vinda de uma técnica do Dieese fortalece ainda mais o debate e preparação para a campanha salarial desse ano, segundo avalia o presidente do SEEBF-PI, Arimatéa Passos. “Estamos trazendo uma representante nacional do Dieese para apresentar um balanço financeiro dos bancos, os rumos que os bancos estão tomando e sobre a economia que o governo está adotando, para que a gente possa se orientar melhor, embasar melhor nossa solicitação de aumento salarial. Vai ser uma campanha que promete ser muito difícil, e quanto mais esclarecimento o bancário tiver vai ser melhor na defesa de suas propostas. Por isso estamos fazendo essa convocação e esperamos que todos os companheiros venham, porque vamos discutir temas muito importantes no campo da política, da economia, da perspectiva bancária, da situação econômica em todo o país”.

 

Outro ponto forte na programação do encontro será o debate sobre saúde do trabalhador bancário, tema que o Sindicato vem trabalhando ao longo do ano nos encontros regionais. É sabido que o bancário vivencia um ambiente de trabalho de pressão, cobranças e competitividade, o que acarreta altos níveis de estresse e transtornos psíquicos. O diretor de saúde e segurança no trabalho do Sindicato dos Bancários do Piauí, João Neto, lembra que saúde e segurança do trabalhador bancário são uma preocupação constante no Sindicato. “Esse é um tema que o sindicato já se debruça há muito tempo, porque, mesmo sendo um problema que não atinge apenas a nossa categoria, nos atinge de forma especial. Temos um tipo de ausência de segurança que afeta mais à categoria bancária, como os assaltos. Mas temos também outros tipos de violências no local de trabalho, como assédio moral, assédio sexual, a competição desenfreada por cargos, as metas que têm que ser cumpridas, tudo isso provoca um ambiente de trabalho muito estressante e com pouquíssima segurança. Esse tema é superimportante e os trabalhadores têm que ficar atentos a isso, não vendo esse tema como um dever apenas do estado, mas uma tarefa coletiva de toda a sociedade”, disse João Neto.

 



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