O golpe foi dado contra cada um de nós, afirmou Roberto von der Osten na abertura do Encontro Nacional dos Bancos Privados
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“O golpe não foi só dado contra a democracia. O golpe foi dado contra cada um de nós. Todos e todas no Brasil foram afetados pelo golpe. O que é fundamental perceber é que nós, efetivamente, estamos em guerra. Nós temos que ir para a rua defender o Brasil antes que ele seja vendido completamente. Nós temos que ir para a rua defender a democraia. Nós temos que ir para a rua defender nossos direitos. O momento é de luta e nós temos que dizer para cada bancário que só a luta te garante. Ninguém te protege. Eles são golpistas e fascistas e não passarão. Fora Temer!”, foi assim que o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, abriu o Encontro Nacional dos Funcionários dos Bancos Privados, realizado na manhã desta terça-feira (7), no hotel Excelsior, em São Paulo.
Os encontros reúnem, nesta terça-feira (7 ) e na quarta-feira (8), funcionários do Bradesco, HSBC, Itaú e BMB para debater os assuntos relacionados às bandeiras de luta da categoria bancária e à atual conjuntura política do país.
Roberto von der Osten também classificou como acerto a manutenção do encontro dos bancos privados. “Este evento mostra a unidade da categoria para a mobilização nacional e o fortalecimento da Convenção Coletiva e nossa organização nacional para conquista de novos direitos e para a luta contra os retrocessos. Traz aquele espiríto de quando a gente construiu o Departamento Nacional dos Bancários, para unificar a categoria em todo o País e conquistar uma negociação unificada”, completou.
Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, esta é oportunidade única de reunir bancários do País inteiro num momento muito delicado da política. “É um momento privilegiado para nós, de estarmos aqui, reunidos, para analisarmos juntos desafios que temos devido à conjuntura nacional. Os riscos que corremos de perder aquilo que acumulamos. Pensar nos problemas não só da nossa categoria, mas nos prolemas do nosso país. Podemos perder a nossa aposentadoria. Nós temos obrigação, nestes dois dias, de pensar nestes temas gerais e analisar como a gente faz o combate no local de trabalho.”
Fabricio Coelho, representante do Sindicato dos Bancários do Espirito Santo e da Intersindical, saudou a capacidade de organização nacional, de enfrentamento e de resisitência da categoria. “Neste momento político conturbado, de um governo ilegítimo, esperamos muita unidade e muita combatitividade. Saudamos a todos neste encontro para que a gente avance muito mais nesse setor.”
Carlos Wilson de Souza (Gigio), primeiro secretário do Sindicato dos Bancários de Florianópolis, saudou as mulheres trabalhadoras, que segundo ele, “na última semana carregaram a companheira Dilma no colo”. Ele ressaltou a união da esquerda em defsa da democracia e contra o golpe. “A esquerda está unida e se fortalecendo.”
Edson Ramos da Rocha, do Seeb de Porto Alegre, também falou pela CSD. “Estamos passando uma das piores conjunturas da história, muito por culpa do Itaú, que junto com a Fiesp, foram os principais financiadores do golpe. No Brasil, desde o tempo da escravidão e de outros golpes vividos no país, as pessoas lutam contra a retirada de direitos dos trabalhadores. Por enquanto, temos liberdade de continuar lutando, temos obrigaçao de defender nossos direitos.”
Simone Abreu, da FETEC-CUT/SC também comentou a complicação da conjuntura. “Estamos aqui para somar na luta pelos direitos e contra os banqueiros”.
Já Mauri Sérgio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e representante da Feeb SP/MS, avaliou como muito importante um evento como este para aprimorar mais a unificação dos trabahadores e trabalhadoras. “Principalmente num momento de crise política, no qual os bancos querem se aproveitar para retirar os direitos dos trabalhadores. Mais do que nunca temos de defender a democracia e os direitos dos traballhadores, para garantir nossas conquistas. Nada disso é possível sem unidade da categoria.”
Hermelino Meira Neto, represetante da CTB e da Federação Bahia e Sergipe, lembrou que os banqueiros tentaram interromper, no ano passado, um cilo vitorioso de aumento real. “Certamente eles tentaram criar uma outra mesa e retirar nossos direitos. Temos de resistir e lutar. Garantir a mesa única de negociação que é fundamental para os avanços de uma categoria unificada. Essa conferência dos bancos privados é mais um passo para que a gente possa construir nossos direitos.”
Magaly Fagundes, presidenta da Fetrafi MG, afirmou que a campanha nacionall será muito dificil. “Mas, com nossa resistencia e mobilização, vamos sair vitoriosos. O que mais importa neste momento é mantermos a unidade da categoria.”
Veja abaixo a programação dos Encontros dos Bancos Privados
14:30h às 18hs – Trabalho em Grupo
Dia 08/06 – Plenária geral por banco – elaboração da minuta específica por banco.
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