Mais respeito e condições dignas de trabalho para os Avaliadores de Penhor foi o tema da reunião de diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) com os funcionários e clientes do setor de penhor das agências Conselheiro Saraiva e Areolino de Abreu da Caixa Econômica Federal em Teresina, quarta-feira (20/07). A Caixa é único banco público que realiza esse tipo de serviço, que representa mais de 30% das receitas da instituição. Sendo uma das atividades mais antigas do banco. Para realizar o trabalho, os avaliadores utilizam produtos químicos, ácidos, que acarretam perigos à saúde dos avaliadores.

Devido a isso, os avaliadores de penhor recebem, já há mais de 40 anos, um adicional de insalubridade – hoje no valor de R$ 352 – direito que está ameaçado pela direção da Caixa, que de forma unilateral decidiu cancelar esse direito aos cerca de 900 avaliadores, informando no início do mês de julho o cancelamento do adicional de insalubridade, argumentando que os locais de trabalho são adequados, mas a realidade do ambiente de trabalho e os relatos mostram exatamente o contrário. O avaliador Paulo de Tarso relata que, mesmo com os equipamentos de proteção individual (EPI) fornecidos pelo banco, as condições do trabalho são um claro um perigo. “O que a gente tem a dizer é que o equipamento fornecido não nos protege dos vapores do ácido. Existe um suposto exaustor, que é um mero ventilador. Na verdade ele suga de um lado e joga do outro, tira de um avaliador e joga para o colega do lado os vapores dos ácidos. Nos locais onde esses ácidos são guardados, tudo em volta se deteriora, a ferrugem aparece logo, e o papel se decompõe. Comprovadamente o ácido é danoso”, denuncia.

Devido à pressão de entidades representativas de trabalhadores, a Caixa recuou e manteve o adicional de insalubridade por mais três meses (até setembro). A diretora sindical De Assis explica que Comissão de Empresa junto com os sindicatos e a Fenae estão encaminhando a discussão, tentando formular um novo laudo sobre as condições de insalubridade do setor de penhor.  “Em nível nacional a Comissão de Empresa contratou a Fundacentro, que é uma entidade pública, para fazer laudo em cinco estados inicialmente. Nós vamos procurar fazer também no Piauí, porque a Fundacentro vai fazer para o Ceará, mas a gente acha que as condições de trabalho no Ceará são diferentes do Piauí. Então queremos que façam uma avaliação também no Piauí onde há unidade de penhor”.

De Assis afirma que os esclarecimentos são importantes para que os clientes compreendam as dificuldades que o empregado tem e ao mesmo tempo informar aos empregados o que as entidades estão fazendo para dá a eles serenidade necessária para o trabalho.



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