Lançamento de campanha em Floriano e Picos, Oeiras, Piripiri e Parnaíba marca unidade na categoria
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30/11/-1 :» João Henrique Vieira :» NI
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A Campanha Nacional dos Bancários 2016 está a todo vapor e cada dia ganha mais dimensão e unidade nacional, seguindo o calendário de negociação que começou dia 09 e de agosto com a entrega da Minuta de reivindicações da categoria à Fenaban. Percorrendo o Estado, diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) realizam manifestações de lançamento da Campanha nas Regionais do Sindicato. Oportunidade de diálogo direto com os bancários e com a população sobre os principais pontos das reivindicações, projetos que atentam contra os trabalhadores e que reflete nos serviços à população e sobre as dificuldades do contexto atual, mobilizando trabalhadores em todo o estado. Entre os dias 24 e 26 de agosto, foram visitadas as regionais de Floriano, Picos e Parnaíba, além das cidades de Piripiri e Oeiras.
Em Floriano a manifestação aconteceu em frente a agência do Banco do Brasil e reuniu bancários do BB, Caixa e BNB entrando em sintonia com o movimento que acontece em todo o país. “Floriano é uma cidade carro-chefe no Estado, com várias instituições bancárias e a conversa com os outros bancos é sempre muito salutar. Existe essa conscientização de que é preciso união, a participação de todos. Esse ano vai ter uma abrangência maior do abraçamento da Campanha e nosso trabalho de formiguinha está sendo feito. Estamos tentando colocar na cabeça das pessoas a importância de se unir, a importância do momento e acredito que nós vamos mostrar um bom trabalho em Floriano”, disse Ressia Rodrigues, do BB de Floriano.
Na avaliação de Advan Costa, presidente da AABB de Floriano, a adesão já no lançamento da Campanha, foi de 90% da categoria em Floriano e comentou que esse é um momento de refletir sobre a forma de trabalhar e reivindicar anseios e expectativas em relação à melhora do trabalho do bancário. “É um momento delicado com um governo interino que está se apossando de maneira definitiva e com propostas que não são boas para a classe trabalhadora, como congelamento de salário, mexe em leis trabalhistas, 13º salário. Então é um momento de preocupação, mas a classe unida tende a reverter essa situação e alcançar seus objetivos”. Ressia Rodrigues também comenta sobre a importância da união para uma Campanha Nacional 2016. “A hora é agora, temos que nos unir. Essa Campanha vai ser um divisor de águas para os bancários, por conta da instabilidade política e social que o país vive. Os banqueiros já fizeram a parte deles, agora é a hora de nós fazermos a nossa. Nós somos vinculados a uma categoria que tem lucros e lucros e nada de dividendos com os funcionários. É a hora de a gente se unir e participar ativamente da campanha, não pensar individualmente, mas coletivamente, porque juntos nós seremos mais fortes”, disse.
Wellington Ferraz, do BB de Floriano, destaca a presença do Sindicato e fortalecimento da Campanha Nacional na região. “Essa presença do Sindicato é muito importante porque deu o pontapé inicial, mostrou para os colegas dos bancos da região como está a situação atual, qual a perspectiva da categoria para esta negociação e também de mobilização, chamar os colegas para a luta. Os colegas não podem abrir mão do direito de pleitear melhores condições. É muito importante o encontro da categoria para mobilizar, informar e já convocar para abraçar a causa, ter consciência do que está acontecendo”.
José Ulisses, secretário geral do SEEBF-PI, falou aos bancários e à população sobre a necessidade de entender o contexto e perigos que afetam a categoria, desde o conceito de agência digital a perigos de privatizações e dificuldade de dialogar com um governo que representa o capital. Falou à população sobre o reduzido quadro de funcionários, terceirizações e as dificuldades que os bancários enfrentam e que se refletem em serviços precários à sociedade. Ulisses destacou a característica de unidade da Campanha Nacional que acontece em uníssono em todo o país. “Temos uma luta de mais de 15 anos que coloca uma mesa única de negociação onde todos os bancos debatem e definem o que têm em comum entre os bancos e em paralelo as mesas específicas. Possivelmente um das únicas categorias da América Latina que consegue fazer um acordo coletivo a nível nacional. Nós somos procurados até por outras categorias para estudar a maneira que nós conseguimos construir uma negociação nacional em mesa única”, destaca Ulisses.
O diretor sindical comenta ainda que sente o bancário preocupado, mas que a categoria não fugirá à luta. “Nós não vamos ficar calados. A categoria vai dá a resposta e nós vamos para o confronto. Eu vejo o colega de banco apreensivo, preocupado, mas com vontade de dá a resposta. Vamos fazer um bom debate e mudar a história que os banqueiros querem”.
Na regional de Picos as manifestação e lançamento da Campanha Nacional 2016 reuniram em frente ao Banco do Brasil na praça Felix Pacheco, bancários do BB, Caixa e BNB que abraçam e iniciaram a luta da Campanha Nacional na região. “Temos aqui a presença de todos os bancos de Picos, vários colegas, e esperamos a mesma disposição, se necessário, para participar da greve. Em nossa regional, de Valença a Paulistana, a gente tem sempre contado com vários diretores e colegas. Se houver greve a participação aqui deve ser, como nos anos anteriores, em torno de 70%”, comentou Antônio Libório, diretor da Regional.
Na manifestação, os bancários e representantes sindicais falaram sobre a importância da luta e as dificuldades que se apresentam e que tornam a campanha ainda mais difícil e necessária. Fábio Neiva, bancário da Caixa e diretor da Regional Picos, denunciou as ameaças que atingem a Caixa e comprometem seu papel enquanto um banco público. “Atualmente existe por parte dos bancos uma perseguição muito grande em relação aos bancários. No caso da Caixa é ainda mais complicado, porque a gente sente que está havendo um desmonte. Existem intenções que foram negociadas em campanha e hoje estão sendo cobradas. Com isso haverá um esvaziamento da instituição e consequentemente um quadro propício para a privatização. Nesse momento a pauta da Campanha é lutar por três pontos fundamentais, a garantia real do salário, a garantia do emprego, e não retaliação aos bancários; hoje temos demissões, paralizações de concursos, rotatividade, perdas de funções e perseguições através de assédio e metas que adoecem a categoria. Diante desse quadro começamos nossa Campanha que, acima de tudo, é uma luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores”, pontuou Neiva.
Já o delegado sindical e bancário do BNB, Jeferson Ronald, acredita que haverá greve e que a categoria que se unir e lutar por seus direitos. “Acho muito difícil, nesse contexto, não ter um enfretamento por meio da greve, porque é um governo que está ameaçando vários direitos dos trabalhadores. Então deve caminhar para a greve. Eu vejo que os trabalhadores querem apoiar o movimento, porque eles sabem que essa é a única alternativa para a gente conseguir alguma valorização no trabalho. O pessoal está motivado para a luta”, argumentou.
O lançamento da Campanha em Parnaíba, reuniu bancários na agência do Banco do Brasil, onde falaram os sobre os principais pontos da minuta de reivindicações e mobilizaram a categoria, dialogando com a população sobre os anseios da categoria que se reflete em melhores serviços à sociedade. Raimundo Nonato (Neide) que esteve no grupo que visitou as cidades de Piripiri e Parnaíba avaliou como positivo as manifestações e diálogos com os bancários sobre a Campanha. “Em Parnaíba foi muito bom, o pessoal está mobilizado, consciente das pautas que, além dos reajustes, também buscam melhores condições de trabalho”, disse.
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