No 1º dia de greve, expectativa de adesão de bancários do Piauí­ deve chegar a 50%

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No 1º dia de greve, expectativa de adesão de bancários do Piauí­ deve chegar a 50%

30/11/-1 Gilson Alves Rocha NI

Com uma expectativa de adesão em torno de 50% logo no primeiro dia nas agências da capital e interior do Piauí, bancários de todo o Brasil entram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (06/09). A categoria reivindica reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real, enquanto os bancos oferecem reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).

Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéa Passos, a expectava de grande adesão da categoria se deve ao bom resultado obtido na assembleia que deliberou pelo indicativo de greve na última sexta-feira e o encontro de delegados sindicais no sábado.

Arimatéa explica que apesar dos transtornos que uma paralisação dos bancários pode trazer para a população, ele deixa claro que a categoria usa a greve como último artificio para lutar por melhores condições de trabalho e salário mais justo, bem como mais contrações que resultam em melhor atendimento aos clientes e à sociedade, já que não houve avanços nas rodadas de negociações. “Bancário não faz greve porque quer fazer”, enfatiza o sindicalista.

Quanto a expectativa dessa greve que se inicia nesta terça, Marcos Vandaí, membro do Conselho Diretivo da Contraf-CUT acredita – avaliar tomando por base as assembleias realizadas em todo o Brasil onde foram aprovadas em 100% por unanimidade - que será um movimento forte no inicio do mês, “que é justamente quando os bancos começam a pressão por metas e começa uma situação que desestabiliza se a gente fizer a pressão, mas a intenção é de que seja um movimento muito intenso, talvez não seja tão duradoura, exatamente pela estratégia correta de começar no início do mês, intensificar essa luta com paralisações mais amplas possíveis e colocando também que não é desconhecimento público o calendário eleitoral, já que setores ligados ao campo político vão pressionar porque têm prejuízos em greves dos bancos, mas a gente não quer com isso penalizar a população para quem prestamos serviços, mas há uma perspectiva que seja uma greve menor por sua eficiência e pela capacidade de pressionar os bancos a apresentar uma proposta decente”, frisa.

Arimatéa Passo lembra aos clientes que as pendências que podem ser resolvidas nos terminais de autoatendimento como: pagamentos, depósitos e saques serão feitos sem problemas, “pois dificilmente vai faltar dinheiro nos caixas na primeira semana de greve, mas a partir da segunda semana pode começar a faltar dinheiro e abastecimento no autoatendimento, mas os clientes que têm seus títulos para pagar durante a greve podem ficar despreocupados porque, depois que acabar a greve, a Fenaban e o Banco Central determinam que no primeiro dia útil depois da paralisação podem ser pagos sem a cobrança de juros”, adverte o sindicalista.

Com relação a população mais carente, Arimatéa pede desculpas antecipadamente pelos transtornos que a greve traz para os usuários. “Mas esperamos contar com a compreensão de todos, mas foram os banqueiros, a Fenaban e o governo que criaram a greve”, pondera o presidente do SEEBF-PI.

Os cinco maiores bancos do país, só no primeiro semestre, conforme esclarece Arimatéa Passos, tiveram um lucro líquido de algo em torno de R$ 16 bilhões. “Isso representa um lucro líquido maior do que 82 países no seu Produto Interno Bruto (PIB), e de agosto de 2015 até agosto de 2016, esses mesmos bancos tiveram um lucro de R$ 29 bilhões. Então, é possível garantir um acordo coletivo com os bancários”, finaliza, mencionando que os banqueiros precisam reconhecer os bancários por seu trabalho e dedicação.



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