Reuniões em agências da Caixa e Banco do Brasil reforçam a greve dos bancários no Piauí
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30/11/-1 :» João Henrique Vieira :» NI
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Com o objetivo de ampliar e reforçar ainda mais a adesão ao movimento grevista, diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) realizaram reuniões nas agências da Caixa Riverside e Banco do Brasil do bairro Piçarra, em Teresina, na manhã desta terça (04/10). Estiveram presente o presidente Arimatea Passos, o vice Odaly Medeiros e demais diretores e delegados sindicais. Na segunda-feira (03/10) em assembleia geral, os bancários do Piauí decidiram manter e ampliar a greve em busca das justas reivindicações, e as reuniões desta terça foram oportunidades de dialogar diretamente com bancários que ainda não aderiram à greve. Arimatea buscou conscientizar, principalmente os bancários mais jovens, sobre importância da adesão à greve e questionou o porquê de ainda haver bancários buscando cumprir metas, se os banqueiros não reconhecem o trabalho dos bancários que garantem lucros imensos aos bancos. Falou ainda do contexto de ameaças ao emprego, como privatização e terceirizações.
Arimatea lembrou a importância da Caixa e do Banco do Brasil para a sociedade e o quanto a greve reivindica melhorias para os trabalhadores e para a sociedade, sendo uma luta não apenas por salário, mas também por garantia de emprego, saúde e segurança. “Não entendemos porque ainda existem bancários em grande quantidade dentro de agência, já que não estão tendo pressão de ninguém, mas especialmente, porque não estão tendo proposta. Se não tem pressão e nem proposta, então porque não estão fazendo greve? Nas agências da Caixa Riverside e Banco do Brasil da Piçarra acreditamos que vai ter um grande avanço na greve a partir de amanhã, a adesão vai ser maior e a conscientização dos empregados de que nesse momento os banqueiros estão oferecendo 7%. Se não estão valorizando nem reconhecendo o seu trabalho, então porque você está ficando dentro da agência? Tivemos uma grande participação nas reuniões e passamos muitas informações num bom diálogo com os colegas, que começaram a entender e esperamos que amanhã a adesão aumente”, afirmou.
A força do setor bancário para a sociedade brasileira e as demissões que vem acontecendo na Caixa foram pontos apontados por Odaly Medeiros, vice-presidente do SEEBF-PI, que falou também sobre o imenso lucro que os trabalhadores garantem aos bancos, que não reconhecem a importância dos seus empregados. “Os cinco maiores bancos tiveram um lucro de 30 bilhões só no primeiro semestre de 2016, e ainda assim pagam mal, não reconhecem e não valorizam o trabalho dos seus empregados. Nesse contexto não há diferenças entre gerente, caixa ou qualquer outra função, temos que lutar pela categoria. Quem tem que defender a Caixa são os empregados”, disse.
Odaly falou ainda sobre a importância do diálogo com os colegas que ainda não aderiram à greve, muitos desses, jovens bancários, que não enfrentaram um passado de lutas, passado que assombra novamente a classe trabalhadora. “Percebe-se que a maioria dos que estão dentro das agências são empregados jovens que não passaram ainda por crises dentro dos bancos como nós passamos. A história de governos passados em que não tinhamos as facilidades que temos hoje. Quando entravamos no período de greve eram tiradas as funções, transferidos e muitos perdiam o emprego. Se a gente não tiver o conhecimento e a consciência de participar do movimento de greve ele vai continuar por muito tempo e porque? Porque os banqueiros estão monitorando, sabendo quantas pessoas estão dentro das agências fazendo as operações financeiras, principalmente as grandes operações. Precisamos levar essa conscientização à categoria para que possam também aderir ao movimento. Tenho certeza que quando a categoria atingir acima de 90% a negociação vem rápido e a gente garante aquilo que estamos reivindicando. Tenho certeza que os colegas que nos ouviram possam abraçar a causa junto conosco, vir para fora da agência e logo acabar com essa greve”, afirmou.
O delegado sindical da Caixa do município de Barras, Jackson Iratan, que esteve nas reuniões falou da importância da greve na luta pelas reivindicações e direitos dos trabalhadores que possibilitam os enormes lucros aos bancos e não são reconhecidos. “A importância de a gente reforçar a greve é justamente para mostrar a nossa força, mas todos temos que fazer nossa parte, não só esperar pelo sindicato, nós somos o sindicato e temos que lutar pelo direito de sermos reconhecido e nós não estamos sendo reconhecidos pelos bancos. Eles estão demonstrando que não têm nenhum tipo de respeito pelo nosso trabalho, mesmo nós fazendo 30 bilhões em seis meses. Não dão nem o mínimo que seria a reposição da inflação”, disse Iratan. Já a bancária Ana Cristina afirmou que, enquanto houver bancários trabalhando, os bancos não se sentirão pressionados a atender a justas reivindicações da categoria. “Tendo em vista que os banqueiros contam com muitos empregados trabalhando, não se preocupam em negociar, porque os grandes empresários não estão sendo prejudicados, eles estão fazendo todos os trabalhos sem nenhuma dificuldade porque muitos empregados ainda estão trabalhando. Então estamos fazendo esse trabalho de visitar, conscientizar os empregados que ainda estão trabalhando para entrarem na luta para que os banqueiros chamem para negociar”, concluiu.
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