Resistindo e defendendo as empresas públicas, trabalhadores dos Correios, sindicatos e Centrais sindicais realizaram na manhã desta quinta-feira (27/08), um ato de protesto em defesa dos Correios e dos Serviços Públicos, em frente ao edifício sede dos Correios, no Centro de Teresina. Desde o dia 18 de agosto os trabalhadores dos Correios estão em greve por tempo indeterminado.

 

O presidente do Sindicato dos Correios do Estado do Piauí, Edilson Rodrigues, explica que a greve geral é parte da campanha salarial e contra o fantasma da privatização. “No dia 31 de julho de 2020, a empresa disse que não tem mais acordo, não tem mais dissídio e que vai adotar os manuais da empresa e a nova CLT. Além da campanha contra a privatização e a campanha salarial, que não é apenas salarial, lutamos para que se respeite uma decisão de um dissídio coletivo, de uma sentença normativa de 02 anos. A categoria deu uma resposta à altura a esse governo que, a todo o momento, tenta desmontar a Direção da empresa e retirar os direitos dos trabalhadores dos Correios”, disse Edilson Rodrigues. 

 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Piauí, Paulo Bezerra, ressalta que é preciso retomar as lutas em defesa do patrimônio brasileiro. “Na agenda de privatização tem a Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, os Correios, Petrobras e outras empresas. Estamos nesse combate tentando manter esse patrimônio que gera riqueza e investimentos sociais. A população precisa ter o conhecimento de quem financia as políticas públicas que trazem benefícios para os brasileiros. Esse é um papel do movimento sindical da CUT que estamos fazendo e queremos reforçar, para que a população saiba do prejuízo que são as privatizações. Aqui estamos com o sindicato dos Correios, dos Bancários, dos Urbanitários, fazendo esse diálogo direto com a população”, disse Paulo Bezerra. 

 

Odaly Medeiros, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, também pontua a urgência dessa defesa dos direitos e das empresas públicas.  “Essa é a política do Governo Federal, atacando as empresas públicas como os Correios, que está em greve. Nós do setor bancário também temos a perspectiva de decretar greve geral. Os trabalhadores e trabalhadoras entendem que nesse momento a política do Governo Federal não favorece a classe trabalhadora, não oferece nenhuma condição de negociação. Nós bancários temos Assembleia Geral e nos preparamos para esse momento. Os trabalhadores não podem aceitar esse ataque aos direitos e ao patrimônio brasileiro, que são as empresas públicas”, afirmou Odaly Medeiros.



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