O ambiente de trabalho permite uma variedade de “perfis”, dando uma maior diversidade de profissionais e consequentemente de personalidades, além de diversas gerações no que se refere a idade e maneira de pensar, o que torna esse meio ao mesmo tempo rico e também desafiador. Por isso o Sindicato dos Bancários do Piauí apoia o debate sobre barreiras psicológicas e assédio no trabalho e reforça que qualquer tipo de assédio deve ser comunicado.

 

Segundo o psicólogo Ricardo Cruz, pode-se considerar “barreiras psicológicas” a dificuldade de expressar e/ou externalizar pensamentos e emoções, nesse caso referente ao contexto do trabalho. Seja para expor uma ideia em uma reunião, em uma conversa, na pausa do café ou quando percebe que está sofrendo assédio. “Antes de refletirmos sobre essa relação é importante termos consciência do que é Assédio e seus diversos tipos”, destacou o psicólogo.

 

Assédio Moral

“Toda e qualquer conduta abusiva e continuada, manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo o seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho”

 ( HIRIGOYEN,2001, PC65 – MINISTÉRIO PÚBLICO)

Tipos de Assédio

  • Assédio vertical (descendente): É observado quando o assédio moral é praticado pelo chefe ou gestor. Isto é, de cima para baixo na linha da hierarquia organizacional.
  •  Assédio horizontal: Acontece quando o assédio é praticado por colegas de trabalho.
  • Assédio misto: Começa pelo superior e é seguido pelos colegas.
  • Assédio ascendente: Nesse caso, o superior é assediado. Casos assim são mais raros, porém existem.

 

 

Assédio Sexual no Trabalho

“O assédio sexual é um ato de constranger alguém no contexto laboral, com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, podendo afetar a saúde física e psíquica, bem como sua capacidade laboral e o próprio desenvolvimento profissional dentro da organização”.

(Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral e Sexual, do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região)

De acordo com Ricardo Cruz, medo é a sensação mais comum quando se sofre Assédio, sendo uma sensação desagradável desencadeada pela percepção de perigo (ATAQUE e/ou FUGA). Exemplos de pensamentos “SE EU DENUNCIAR vou perder minha COMISSÃO”. “O que eu fiz de ERRADO?”, “Lá vem meu Chefe.” “Como vou manter minha Família sem esse dinheiro?”. “Essa sensação de medo pode levar a preocupação intensa, excessiva e persistente além de levar a medo de situações cotidianas, que antes não desencadeariam essa sensação. Podem ocorrer frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese e sensação de cansaço (Ansiedade), a continuidade desses sintomas posteriormente podem desencadear o stress que é uma reação do organismo que ocorre quando ele precisa lidar com situações que exijam um grande esforço emocional para serem superadas. Quanto mais a situação durar ou quanto mais grave ela for, mais estressada a pessoa pode ficar”, pontua Ricardo.

 

Diante de tudo isso O que FAZER?

  • Identificar o que de fato está ocorrendo com você e no seu ambiente de trabalho
  • Suporte da Família (mesmo você seja daquelas pessoas que resiste em levar “problemas” do trabalho para casa, vale lembrar que a família é a primeira a sofrer com seu “adoecimento” diante do assédio)
  • Buscar um amigo de confiança com mais experiência
  • Pedir auxílio do seu Sindicato de forma sigilosa
  • Ter em mente que é possível modificar a situação
  • Praticar Atividade Fisica (Ajuda a regular as emoções e melhora a tomada de decisão)
  • Buscar auxílio de um médico do trabalho
  • Buscar auxilio Psicológico sempre que sentir necessidade (Psicoterapia Breve pode auxiliar)

 

O que Não FAZER?

  • Agir em momento de RAIVA ou por IMPULSO
  • Pensar que não há solução (Exemplo: “É assim mesmo, nada vai mudar”)
  • Ingerir Álcool, Tabaco e outras substâncias como regulador da Emoções

 

O Sindicato orienta:

No caso de assédio, o funcionário precisa registar uma denúncia nos canais internos de cada banco, em seguida deve fazer essa denúncia no Sindicado. A partir daí o SEEBF/PI acompanha e monitora. “Se for o caso, o Sindicato realiza uma denúncia no Ministério do Trabalho e acompanha junto ao banco também. Se preciso, fazemos uma mediação junto com o gestor”, destacou o diretor do SEEBF/PI, Antônio Machado.

 

Cada situação é única, por isso é importante procurar ajuda, o psicólogo Ricardo Cruz atende pelo SEEBF/PI. Para mais informações entre em contato conosco no (86) 3304-5907 | (86) 3085-3335 |(86) 9-9482-5261.



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