Em todo o país, esta segunda-feira (30/10) foi um Dia Nacional de Luta em defesa do direito à saúde dos empregados e empregadas da Caixa Econômica garantido no Saúde Caixa. No Piauí, a manifestação foi em frente a Agência da Praça Rio Branco, no Centro de Teresina, reunindo entidades representativas como o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF/PI), Associação do Pessoal da Caixa (Apcef Teresina), Federação Nacional das Apcefs (Fenae) e Associação dos Economiários Aposentados e Pensionistas (AEAP Piauí). A data também marcou os 38 anos da histórica greve das 06 horas, que garantiu aos empregados e empregadas da Caixa o reconhecimento como bancário, a jornada de 06 horas e o direito à sindicalização.

 

 

O presidente do SEEBF/PI, Odaly Medeiros, explica que os protestos são contra a imobilidade da Direção do banco nas negociações para a renovação do Acordo coletivo de Trabalho do Saúde Caixa, que tem validade até o final do ano.

 

 

“Com a mudança no estatuto social da caixa, feita ainda no governo Temer, que impôs um teto de custeio que limita os gastos da empresa com a saúde dos empregados. Isso limita os gastos da Caixa e a impede de cumprir o modelo de custeio de 70%/30% definido no ACT, nós queremos a revogação desse teto. Estamos dizendo para a sociedade e para a Caixa que essa proposta não condiz com a realidade dos trabalhadores e a necessidade mantermos o plano de saúde. No memento com a categoria cada vez mais adoecida tira-se a condição do atendimento à saúde. O plano de saúde é importante, nós pagamos a nossa parte e a Caixa tem que pagar a parte dela”, disse Odaly.

 

 

A diretora do SEEBF/PI e da Fenae, Francisca de Assis, ressaltou que a caixa recebe o dinheiro dos usuários e administra e tem a obrigação de oferecer assistência a todos eles, inclusive aos aposentados.

 

 

“Os planos de saúde das empresas públicas são planos de autogestão, elas não têm objetivo lucrativo, elas têm que oferecer saúde e manter o equilíbrio das despesas e receitas. O Governo anterior fez mudanças no estatuto da Caixa e tentou empurrar goela abaixo resoluções de aumentos de mensalidades e participação. Nós conseguimos barrar no congresso a CGPAR 23, mas eles reeditaram outra CGPAR quase do mesmo jeito e nós estamos nessa luta para preservar o que temos, para que assistência à saúde seja obrigação da empresa. Todos eles, ativos e aposentados, trabalharam para a empresa ser, existir, crescer e nós merecemos o tratamento e a assistência à saúde, essa é a luta”.

 

 

Glória Araújo, diretora do SEEBF/PI e da Apcef Teresina, lembrou que esse Dia Nacional de Luta também marca uma data histórica fundamental na história dos empregados e empregadas da Caixa.

 

 

“Hoje nós estamos aqui com todas as entidades reunidas em prol da luta em defesa do nosso Saúde Caixa, que é superimportante para que a qualidade de vida dos nossos empregados. É o acolhimento na hora da doença, é acolhimento para sua família, é acolhimento para toda essa rede que a gente necessita. E, coincidentemente, hoj, estamos fazendo 38 anos de comemoração da greve histórica das 06 horas já! Que foi quando a Caixa teve a oportunidade de se sindicalizar e ter ainda mais força para lutar pelos nossos direitos. Foi com essa greve que passamos a ter uma jornada de 06 horas, o reconhecido como bancário e sindicalizado”, lembrou Glória.

 

 

A diretora de Aposentados do SEEBF/PI, Hortência Cantanhede, frisou a importância da defesa do Saúde Caixa e da sustentabilidade da assistência aos empregados da ativa e aposentados. “É necessário esse movimento de defesa de nosso Saúde Caixa. Aqui estão diversas entidades, ativos, aposentados, aposentadas e pensionistas defendo nosso direito à saúde. Nós contribuímos durante nossa vida laboral e precisamos dessa assistência à saúde ainda mais nessa fase pós-laboral. Até o fim do ano essa questão precisa ser resolvida, antes quem encerre a validade de nosso ACT”, disse Hortência.

 

 

A presidenta da AEAP Piauí, Ivone Andrade, destacou a importância de lutar pela manutenção de um direito adquirido e fundamental para os aposentados e pensionistas. “Estamos aqui buscando um direito adquirido conquistado há muitos anos. No final do ano termina nosso Acordo Coletivo e existe um movimento por parte da Caixa de reduzir nossos direitos. Estamos nos unindo, os ativos e aposentados, para que esse direito permaneça, não pode ser retirado da forma como está sendo feito”, disse Ivone.

 



Fonte João Henrique Vieira / SEEBF/PI tags:»






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