Presidente da Contraf-CUT revela prioridades para organizar a Campanha Nacional dos Bancários

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Presidente da Contraf-CUT revela prioridades para organizar a Campanha Nacional dos Bancários

30/06/2015 BancariosPI Geral

Bastante enfático em sua palestra sobre Análise de Conjuntura Política e Econômica, o presidente da Contraf-CUT, Roberto Antônio Von Der Osten, revelou ainda durante o  XXX Encontro Estadual dos Bancários as prioridades que devem ser traçadas para organizar a Campanha Nacional 2015.

“Primeiramente, vamos trabalhar na perspectiva de continuar o ciclo de onze anos, até agora, de ganho real, ou seja, queremos inflação mais ganho real; a segunda questão vai tratar do emprego, pois nós temos um risco muito grande de redução de postos de trabalho na nossa categoria, pois quanto mais cresce o setor financeiro há uma redução destes postos de trabalho, além do risco das novas tecnologias, inclusive estamos debatendo com a Fenaban e Febraban, porque temos risco seríssimo no cenário do desemprego que eu acho que tem que ser centralidade na nossa campanha que é a questão da terceirização. Isso porque ela não só destrói a categoria bancária, mas outros empregos também, mas a categoria bancária é muito atingida até porque somos prestadores de serviços e facilmente substituíveis por outros trabalhadores com condições mais precarizados e com salários mais reduzidos”, avalia Roberto.

Em relação à saúde, de acordo com ele, “o bancário adoece muito porque está submetido a metas abusivas e porque sofre assédio moral para que entregue as metas que, muitas vezes, são inatingíveis. E na questão da segurança, o Brasil é um país inseguro para bancário. Nós corremos risco de vida atuando em muitos locais de trabalho e queremos debater isso, pois existem mecanismos que coíbem e diminuem a possibilidade do bandido fazer o assalto, o crime, o sequestro e até o assassinato e queremos discutir isso com a Fenaban”, explica.

Na questão de igualdade de oportunidades, Von Osten informou que há necessidade de se avançar. “Conquistamos muito na nossa categoria e nas negociações, mas a mulher realiza um trabalho igual ao do homem e ganha menos. Tem ainda os trabalhadores com deficiência, e existe discriminação racial dentro dos bancos”, frisa o presidente da Contraf-CUT revelando que ao entrar em bancos em cidade de população negra, como em Salvador, por exemplo, “os bancários em sua maioria são brancos”, diz Robertos se mostrando indignado com este tipo de postura por parte da direção dos bancos.

Para ele, existe muito o que avançar e se faz necessário uma amplo debate com os banqueiros na Campanha Nacional.

Sobre o modelo de mobilização dos bancários, Roberto Antônio deixou claro que este é um dos quatro grupos a ser priorizado para organizar a campanha deste ano. Ele fez referência então ao grupo de Estratégia de Organização da Luta, “onde vamos fazer um debate com a sociedade a respeito de juros, tarifas, volume de crédito, a responsabilidade social dos bancos”, sintetiza, comentando que essas ferramentas serão discutidas com a sociedade, mas também será debatida a ferramenta para dialogar com o bancário e a bancária para que faça efetivamente a campanha.



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