Comando Nacional rejeita proposta da Fenaban de 7,5% e orienta continuaçao da greve dos bancários

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Comando Nacional rejeita proposta da Fenaban de 7,5% e orienta continuaçao da greve dos bancários

31/12/1969 Gilson Alves Rocha NI

A Fenaban apresentou uma proposta de reajuste salarial abaixo das reivindicações da categoria, na primeira rodada de negociação depois do início da greve, realizada na tarde desta terça-feira (20/10) no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. A proposta foi de 7,5% de  reajuste salarial sem abono.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa, reafirmou a intenção de discutir aumento real e orientou a categoria que a greve continua.  
Diante do que foi proposto, o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, João Sales Neto, também confirmou a manutenção da greve no Piauí, "uma vez que o percentual apresentado pelos patrões continua abaixo da inflação e queremos inflação mais 5% de ganho real", diz o sindicalista mencionando que a classe ainda aguarda as rodadas específicas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Sales falou que os bancários vão segurar a greve até conseguir avançar nas negociações. "Desta forma, os banqueiros continuam desrespeitando a categoria bancária", conclui.
As negociações continuam nesta quarta-feira (21), às 11h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. O Comando reafirmou aos banqueiros que pretende negociar ganho real. 

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando, reforçou que a categoria não aceita redução de salários. "Sobre o ponto de vista da esperança que os bancários e as bancárias tinham de que hoje os banqueiros iam começar um debate do ganho real, foi frustrante. Hoje, apresentaram uma proposta de reajuste de 7,5%, que representa uma redução de salário. Nós avisamos para eles, nós não estamos aqui para discutir redução de salário", explicou.

Para Roberto, a retomada da negociação foi positiva. "Demonstra uma vontade de acertar uma campanha que seja boa para os dois lados. Agora, apresentar uma proposta de 7,5% foi ultrajante. Ela é menor até que a proposta de 5,5% mais um abono de R$ 2,500. Foi decepcionante. Esperamos que os banqueiros realinhem essa posição e tragam para a gente uma proposta, que seja reposição da inflação mais um ganho real. É isso que esperamos ouvir amanhã", disse.

Nesta terça, a greve da categoria teve no seu 15º dia, com 12.567 agências e 33 centros administrativos com as atividades paralisadas. "Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que continuamos indignados e que queremos, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, saúde e igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforçou o presidente da Contraf-CUT.

Após a conclusão das negociações com a Fenaban, haverá negociação das reivindicações específicas com o Banco do Brasil.



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