Maioria das assembleias aprova proposta de 10% de reajuste nos salários e 14% nos vales e encerra greve nacional

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Maioria das assembleias aprova proposta de 10% de reajuste nos salários e 14% nos vales e encerra greve nacional

31/12/1969 Gilson Alves Rocha NI

Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, a grande maioria das assembleias realizadas nesta segunda-feira (26) em todo o País aprovou a proposta da Fenaban, assim como os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a greve de 21 dias.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, lembra que essa campanha aconteceu em um cenário político e econômico muito controverso. “Os bancos quiseram se aproveitar deste período para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Eles tentaram ainda um cala boca em forma de abono. O reajuste é uma conquista mais importante para a categoria, pois incide no piso e na PLR. Consideramos muito importante também a manutenção das nossas conquistas históricas”, comemorou. “Foi uma grande vitória, pois superamos a adversidade política, economia e a forte intransigência dos bancos”, completou

A proposta dos bancos eleva para 10% o índice de reajuste sobre o salário e em 14% os vales alimentação e refeição. Reajusta também em 10% o piso salarial e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sendo que a parcela adicional será de 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente.

“Com esse índice, em 12 anos vamos acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. O vale refeição será de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real”, disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Foi uma das greves mais fortes dos últimos anos e essa conquista foi consequência da nossa luta e mobilização”, completou.

A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve e após três duras rodadas de negociação, retomadas devido a força da mobilização da categoria, avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial e aceitaram considerar, para efeito de compensação, os dias de paralisação de 6 de outubro a 26 de outubro de 2015. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores vão compensar no máximo uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

Levantamento feito pela Contraf-CUT até as 23h desta segunda-feira (26) indica que a maioria das assembleias aprovou tanto a proposta dos bancos quanto os acordos específicos do BB e da Caixa.

 

Lista das bases que aprovaram o fim da greve:

FETEC SP

ABC

Araraquara

Assis

Barretos

Bragança Paulista

Catanduva

Guarulhos

Jundiaí

Limeira

Mogi das Cruzes

Taubaté

Vale do Ribeira

São Paulo

Presidente Prudente

 

FETEC-CN

Acre

Amapá

Dourados

Pará

Rondônia

Rondonópolis

Campo Grande

 

FETRAFI-NE

Alagoas

Ceará

Paraíba

Piauí

 

FETRAFI -MG

Belo Horizonte

Divinópolis

Teófilo otoni

 

Fetec-PR

Apucarana

Arapoti

Campo Mourão

Cornélio Procópio

Curitiba

Guarapuava

Londrina

Paranavaí

Toledo

Umuarama

 

FETRAFI RJ-ES

Angra dos Reis

Campos dos Goytacazes

Macaé

Niterói

Nova Friburgo

Petrópolis

Rio de Janeiro

Sul Fluminense

Teresópolis

Três Rios

Baixada Fluminense

Itaperuna

 

FETRAFI RS

Alegrete

Bagé

Bento Gonçalves

Camaquã

Carazinho

Caxias do Sul

Cruz Alta

Frederico Westphalen

Guaporé

Horizontina

Lajeado

Litoral Norte

Nova Prata

Novo Hamburgo

Passo Fundo

Pelotas

Porto Alegre

Rio Grande

Rosario do Sul

Santa Rosa

Santana do Livramento

Santiago

Santo Angelo

São Borja

São Gabriel

São Leopoldo

São Luiz Gonzaga

Soledade

Vacaria

Valo do Paranhana

 

 

FETEC SC

Criciúma

Florianópolis

Joaçaba

Videira

 

FILIAÇÃO DIRETA

Campinas

Naviraí

Piracicaba

 

FEDERAÇÃO BA/ SE

Feira de Santana

Sergipe

 

 

A proposta da Fenaban 2015

 

Reajuste: 10%.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Saúde – A Fenaban apresentou um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.



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