A forte mobilização dos bancários de todo o Brasil da Campanha Nacional 2015 fez com que mais de 90% dos Sindicatos da base do Comando Nacional aprovassem o fim da greve em instituições privadas, assim como na Caixa e no Banco do Brasil.
Considerada uma grande conquista, a proposta dos bancos eleva para 10% o índice de reajuste sobre o salário e em 14% os vales alimentação e refeição. Reajusta também em 10% o piso salarial e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), sendo que a parcela adicional será de 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente.
“Os bancos quiseram se aproveitar deste período controverso no cenário político e econômico para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Eles tentaram ainda um cala boca em forma de abono. O reajuste é uma conquista mais importante para a categoria, pois incide no piso e na PLR. Consideramos muito importante também a manutenção das nossas conquistas históricas. Foi uma grande vitória, pois além da adversidade política e econômica superamos a forte intransigência dos bancos”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.
Desde o início a Fenaban propôs reajuste abaixo da inflação, que impunha perdas salariais à categoria. Começaram com a proposta com 5,5%. Depois de dias de silêncio e descaso, eles foram para 7,5%, passaram para 8,75%, chegando aos 10%. Uma grande vitória da categoria, que arrancou dos bancos proposta acima da inflação com 0,12% de ganho real.
Até às 20h desta terça-feira, os seguintes sindicatos aprovaram o fim da greve:
FETEC SP
ABC
Araraquara
Assis
Barretos
Bragança Paulista
Catanduva
Guarulhos
Jundiaí
Limeira
Mogi das Cruzes
Taubaté
Vale do Ribeira
São Paulo
Presidente Prudente
FETEC-CN
Acre (continua greve Caixa)
Amapá
Brasília (continua greve Caixa)
Dourados
Pará (continua greve Caixa e Banco do Brasil)
Rondônia (continua greve Caixa)
Rondonópolis
Campo Grande
FETRAFI-NE
Alagoas (continua greve Banco do Brasil)
Campina Grande
Ceará (continua greve Caixa e Banco do Brasil)
Extremo Sul da Bahia
Paraíba
Piauí
Pernambuco (continua greve Caixa e Banco do Brasil)
FETRAFI -MG
Belo Horizonte
Cataguases
Divinópolis
Ipatinga
Juiz de Fora
Pato de Minas
Teófilo Otoni
Uberaba
Fetec-PR
Apucarana
Arapoti
Campo Mourão
Cornélio Procópio
Curitiba (continua greve Caixa)
Guarapuava
Londrina
Paranavaí
Toledo
Umuarama
FETRAFI RJ-ES
Angra dos Reis
Campos dos Goytacazes
Macaé
Niterói
Nova Friburgo
Petrópolis
Rio de Janeiro
Sul Fluminense
Teresópolis
Três Rios
Baixada Fluminense
Espírito Santo
Itaperuna
FETRAFI RS
Alegrete
Bagé
Bento Gonçalves
Cachoeira do Sul
Camaquã
Carazinho
Caxias do Sul
Cruz Alta
Erechim
Frederico Westphalen
Guaporé
Horizontina
Ijuí
Lajeado
Litoral Norte
Nova Prata
Novo Hamburgo (Continua greve Caixa)
Passo Fundo
Pelotas
Porto Alegre
Rio Grande
Rio Pardo
Rosario do Sul
Santa Cruz do Sul
Santa Rosa
Santana do Livramento
Santiago
Santo Angelo
São Borja
São Gabriel
São Leopoldo
São Luiz Gonzaga
Soledade
Uruguaiana
Vacaria
Vale do Caí
Valo do Paranhana
FETEC SC
Blumenau
Criciúma
Florianópolis
Joaçaba
Concórdia e Região
São Miguel do Oeste
Videira
Araranguá
FILIAÇÃO DIRETA
Campinas
Naviraí
Piracicaba
FEDERAÇÃO BA/ SE
Bahia
Feira de Santana (continua greve Caixa e Banco do Brasil)
Irecê
Vitória da Conquista (continua greve Caixa e Banco do Brasil)
Sergipe
A proposta da Fenaban 2015
Reajuste: 10%.
Pisos: Reajuste de 10%.
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).
PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.
PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.
Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79. O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016.
Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia.
Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52
13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52
Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).
Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70
Saúde – A Fenaban apresentou um termo de entendimento a ser assinado entre os cinco maiores bancos e o movimento sindical para tratar de ajustes na gestão de pessoas das instituições para previnir os riscos de conflitos no ambiente de trabalho.