Bancários do BNB Piauí paralisam atividades por 2h contra não pagamento de PLR justa

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Bancários do BNB Piauí paralisam atividades por 2h contra não pagamento de PLR justa

30/11/-1 Gilson Alves Rocha NI

Os empregados do BNB das agências de Teresina – Centro, João XXIII e Dirceu - e demais cidades do Piauí paralisaram suas atividades por 2h nesta terça-feira (19) como forma de protesto contra o não pagamento da PLR conforme acordado com a Federação Nacional de Bancos (Fenaban). De um lucro total R$ 305 milhões (balanço de 2015), o BNB paga aos seus acionistas 25% (R$ 73 milhões) e apenas 6% aos funcionários. Munidos com faixas que dizem que o BNB trata seus funcionários como palhaços e não para a PLR, os bancários usaram nariz vermelho em sinal de protesto.

Buscando reverter esse quadro de injustiça, os empregados do BNB em todo o país decidiram, em assembleia, pela paralisação, retardando em duas horas a abertura das agências, sendo que em alguns Estados, como Alagoas e Paraíba, a paralisação foi de 24 horas.

Segundo esclarece a diretora Lusemir Carvalho, “essa paralisação foi importante para mostrar ao banco a indignação dos funcionários para com essa diretoria. Nós, da Comissão de Empresas, não fizemos nenhum acordo específico de PLR atrelando ao atingimento dessas variáveis. E isso o banco quer impor”, pondera, acrescentando que essa mobilização mostra o descontentamento com essa diretoria.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatéa Passos, explicou a forma de divisão da PLR cumprindo a orientação da Fenaban e defendeu a luta para pressionar o banco a negociar um valor mais digno e decente. “Embora o BNB tenha alcançando grande lucro, está se negando a negociar com os funcionários uma participação que seja convincente e que está acordado com a Contraf-CUT. Esse movimento está acontecendo em todo o Brasil onde existem agências do BNB e mostra o grau de insatisfação. O BNB precisa respeitar mais os interesses dos seus empregados, avançar mais nessa proposta de participação porque quem fez tudo isso foram, exatamente, os empregados. É preciso que a direção do BNB respeite e apresente uma proposta justa”, enfatiza.

O bancário Francisco Lacerda, do BNB Centro, lembra que os argumentos apresentados pela direção do BNB de não cumprimento das metas não é justo, visto que fatores conjunturais comprometeram o alcance das metas. “O objetivo dessa paralisação é demonstrar que o banco precisa ter mais sensibilidade com seu corpo funcional, até porque há um esforço muito grande dos empregados em cumprir as metas, mas se há cenários em que não se consegue alguns indicadores que estão colocados como entrave da PLR. Não é um problema do funcionário, mas uma conjuntura que o país que atravessa”, afirmou.

Durante a paralisação, Francisco Lacerda apresentou e defendeu a ideia de uma PLR proporcional às metas alcançadas, o que tornaria a divisão mais justa. “A proposta que coloquei é que o banco avaliasse a questão das metas e fizesse uma equação proporcional às metas cumpridas e não pagasse aquelas que deixaram de ser cumpridas. Faria uma média para ter uma PLR mais razoável”, sugere.

Para Marcos Vinícius, gerente de Relacionamento BNB Centro, a força do movimento e atuação do sindicato com o objetivo de alcançar é um direito justo. “Os funcionários estão coesos na paralisação com a intenção de que o banco negocie de forma justa o pagamento de nossos direitos. A agência Teresina Centro tem se envolvido bastante nessa movimentação, com 100% de paralisação. O movimento é forte no sentido de conseguirmos assegurar um direito nosso”, afirmou.



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