Nesta sexta-feira (10), no Dia Nacional de Mobilização contra a retirada de direitos, bancárias e bancários de várias regiões do Brasil paralisaram suas atividades em protesto. Convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o ato também reuniu trabalhadores de diversas categorias em todo território nacional.

Os bancários deram o seu recado: nenhum direito a menos. Além disso, o protesto também foi contra a privatização das empresas públicas, como Banco do Brasil e Caixa Federal.

Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, o movimento sindical bancário esteve muito ativo durante todo o dia. “Nós fomos às ruas por todo o Brasil protestando contra o golpe que está sendo dado contra cada um de nós, contra a nossa família, os nossos direitos e o nosso futuro. Este governo interino aparece com um pacote anticrise e antipovo tentando fazer com que os trabalhadores paguem o pato, ou seja, paguem a fatura que eles devem para a Fiesp, Fenaban e aos empresários. Além disso, tentam fazer uma proposta de reforma de previdência, que propõem fim da valorização do salário mínimo e fim de programas sociais. Também pretendem atacar a universidade pública. Um grande pacotão no Congresso Nacional também promete a privatização das empresas públicas e dos bancos públicos. E ainda por cima, no Senado e na Câmara projetos que pretendem colocar fim nas leis trabalhistas, com o negociado prevalecendo sobre o legislado, além da terceirização sem limites. É claro que nós não podemos permitir esta barbaridade. Por isso, os bancários foram às ruas e vão continuar rumo a greve geral se este governo não tomar a direção e não deixar de tentar transferir para o povo trabalhador a penalização e o pagamento de uma crise que o povo não criou”, concluiu.

De acordo com vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, os bancários tomam às ruas contra a retirada de direitos. “Somos contra a idade mínima na previdência, a desvinculação do piso da previdência do salário mínimo, igualar a idade de aposentadoria entre homens e mulheres, uma vez que a desigualdade salarial no mercado de trabalho ainda existe. Além disso, não vamos aceitar mudanças nas regras da Previdência e flexibilização da CLT, não vamos pagar o pato. Os patrimônios públicos nacionais estão também em risco: Petrobras, BB e Caixa estão na mira das privatizações previstas. Até uma medida provisória já foi editada nesse sentido (MP 727), concursos e contratações foram suspensos. Os bancários estão preocupados com seus empregos e apoiam o Dia Nacional de Mobilização”.      

Os trabalhadores também protestaram contra a aprovação de projeto de lei que autoriza a terceirização sem limites e de propostas que venham a flexibilizar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), provocar demissões, retirar direitos e achatar salários.



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