Defender e difundir a importância da manutenção das empresas públicas em poder do estado brasileiro para o desenvolvimento do país foi o objetivo primordial e tema de amplo debate no Seminário em Defesa das Empresas Públicas, realizado na quarta-feira (07/06), pelo Comitê em Defesa das Empresas Públicas, em Brasília. Na ocasião, especialistas, técnicos e representantes de movimentos associativos e sindicais de dezenas de entidades do país discutiram a importância dessas empresas para seus trabalhadores e no desenvolvimento da sociedade brasileira, as ameaças de privatização e estratégias de reação e resistência.

Estiveram presentes representantes do Sindicato dos bancários do Piauí, Apecef Piauí e Fenae Piauí. O presidente do Sindicato dos Bancários (SEEBF-PI), Arimatea Passos (Banco do Brasil); Odaly Medeiros, vice-presidente do SEEBF-PI e a diretora da Fenae Francisca de Assis (Caixa); Lusemir Carvalho (BNB) e Glória Araújo, presidente da Apcef Piauí (Caixa). A abertura do Seminário foi feita pela coordenadora do Comitê, Rita Serrano e Jair Ferreira, presidente da Fenae. Rita Serrano destacou a participação de representantes de variadas empresas públicas no Seminário. “Foi bem proveitoso, o pessoal ficou o tempo todo concentrado. O Seminário ratifica essa necessidade das entidades defenderem o patrimônio público brasileiro. Um seminário rico porque envolveu entidades do Brasil inteiro ligadas a diversas empresas públicas, com visões de atuação diferentes. Essa unidade de ação é que torna esse debate rico e que vai fazer com que a gente seja vitorioso nessa batalha em defesa do patrimônio público brasileiro”.

Alvo principal da tentativa de desmonte que se vê no atual contexto político-econômico brasileiro, liderado por um governo ilegítimo, defesa dos bancos públicos se faz necessário e urgente. Arimatea Passos, afirma que o Comitê é um caminho na defesa do patrimônio público brasileiro e anuncia a realização em âmbito local de um seminário com o mesmo propósito. “Não é um Comitê só em defesa dos bancos públicos, que são o primeiro alvo das ameaças, mas em defesa de todas as empresas públicas, para buscar um caminho. Essas empresas públicas não foram criadas ao acaso, todas atuam em seguimentos fundamentais para o desenvolvimento do país. Vamos tentar promover um seminário em Teresina que envolva todos esses seguimentos e fazer um amplo debate sobre a defesa do patrimônio público brasileiro, que foi construído com muito esforço e serve a toda a sociedade brasileira”.

Como representante do BNB, a diretora Lusemir Carvalho, comenta que o Seminário foi uma aula de formação e que o BNB tem sofrido com essa política de ataque às empresas públicas. “Temos grande preocupação com o Banco do Nordeste, um banco público, regional e que nesse governo ilegítimo tem sofrido o prejuízo de ter várias agências sendo fechadas em vários Estados, no Piauí foi fechada uma agência e cancelada a abertura de outras cinco que estavam previstas, o que para nós foi um grande prejuízo. Portanto, temos que nos unir mais e buscar os parlamentares na luta por melhorias e fortalecimento das empresas públicas e do próprio BNB”, defende Lusemir.

 

Comunicar e conscientizar para defender

A necessidade de ampliar a comunicação sobre o tema ganhou destaque nos debates, sendo fator principal na defesa das empresas públicas. Informar a população sobre as reais intenções e enormes prejuízos que irão causar as reformas que retiram direitos e garantias dos trabalhadores, principalmente as danosas reformas trabalhista, previdenciária. Assim, é preciso investir e ampliar a comunicação desses temas para que a discussão chegue a toda a sociedade brasileira, esclarecendo o papel do Estado, das empresas públicas e de políticas públicas. É preciso uma comunicação que fure a bolha e alcance amplamente a sociedade.

Como resultado do Seminário foi elaborada uma carta-aberta que deverá ser divulgada em breve. De Assis, diretora do SEEBF-PI e da Fenae, lembra que a unidade e a comunicação são fundamentais para acordar a sociedade para o momento grave que vive o país. “Vivemos um estado de suspenção de direitos, de ataques a direitos duramente conquistados. Este Seminário e o Comitê são instâncias de diálogo e principalmente de formatação de estratégia para alertar a sociedade, para que juntos possamos ser mais fortes na defesa do que é nosso, do que é patrimônio de todos os brasileiros. Temos que dialogar em casa, entre os amigos, no trabalho, em todos os âmbitos para nos munir de informação e nos fortalecer, por isso ficou muito claro a importância da comunicação para conhecimento e defesa do real papel do Estado, de políticas públicas e das empresas públicas”, enfatizou.

 

Comitê em defesa das empresas públicas

No próximo dia 13 de junho o Comando Nacional dos Bancários vai se reunir em Brasília para lançar, junto com vários parlamentares, na Câmara federal, um movimento com objetivo de envolver políticos e a sociedade brasileira, oportunidade em que quando será lançado o Comitê Nacional em Defesa dos Bancos Públicos e das Empresas Públicas.



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