O mês de setembro traz consigo uma importante campanha de valorização da vida, que é o Setembro Amarelo – prevenção ao suicídio. O Sindicato dos Bancários do Piauí abraça esta campanha a favor da vida. Durante este mês monumentos, prédios públicos e privados receberam uma iluminação especial em tons amarelos como forma simbólica de chamar a atenção para esta campanha mundial de conscientização sobre a realidade do suicídio e as formas de prevenção.

Os números oficiais, segundo o site da campanha, mostram a triste e preocupante realidade de que a cada dia, 32 brasileiros cometem suicídio. Um número superior ao de vítimas de doenças como Aids e da  maioria dos tipos de câncer. Mas segundo a Organização Mundial da Saúde, nove em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. Os damos mostram ainda que quase 100% das pessoas que cometeram suicídio enfrentavam algum problema mental, em maioria depressão, um mal que atinge a categoria bancária.

“É cada vez maior o número de casos de depressão entre os bancários. Também já constatamos o aumento do número de suicídios na categoria. Consideramos extremamente importante a divulgação do ‘Setembro Amarelo’, que se soma à nossa campanha nacional em defesa da saúde do trabalhador do ramo financeiro”, afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Ainda segundo levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT, com base em informações do INSS, o transtorno mental é a principal causa dos afastamentos do trabalho para tratamento de saúde na categoria. Os transtornos mentais, incluindo os casos de depressão, já ultrapassaram os afastamentos por LER/Dort.

Segundo os dados, 5.042 bancários receberam auxílios doença previdenciários e acidentários em 2013 por transtornos mentais e comportamentais, o que representa 27% dos afastamentos. As doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo somam 4.589 casos, 24,6%.

Metas abusivas, cobranças constantes por resultados, assédio moral, pressão fazem parte do cotidiano dos bancários, o que leva ao adoecimento do trabalhador bancário. Segundo os dados coletados, as doenças mentais são relatadas em média por 25% dos bancários que entram com ações contra os bancos.

Com informações SEEBF-PI e Contraf-CUT



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