Trabalhadores dos bancos privados entregam minutas específicas no encontro ocorrido em São Paulo  

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Trabalhadores dos bancos privados entregam minutas específicas no encontro ocorrido em São Paulo  

14/06/2018 Airton Ramos Nacionais

Representantes dos trabalhadores do Bradesco, Itaú e Santander de todo o país estiveram reunidos em São Paulo nos dias 7 e 8 de junho para atualizar a pauta de reivindicações específicas que foi entregue ao banco. Durante a 20ª Conferência Nacional dos Bancários, os dirigentes que representam os trabalhadores do Bradesco participaram de uma análise de conjuntura e de uma apresentação do Dieese sobre os números do banco.

“Foi uma análise muito boa e o que nos chamou atenção é que o HSBC foi incorporado ao banco em 2016 e as demissões aumentaram, assim como agências foram fechadas, mas em vez de melhorar, piorou”, disse o diretor Carlos Augusto.  

E os números do banco dizem muito a respeito do atual momento pelo qual o país está passando. Mesmo diante de um cenário de profunda crise econômica, com queda de 7% no PIB em dois anos (2015 e 2016), em que os empréstimos – a maior atividade das instituições financeiras – estão em queda, como o Bradesco conseguiu obter o maior lucro da sua história nos últimos anos? E como os trabalhadores e clientes do banco estão inseridos e são afetados por este contexto?

“Ainda assim, o banco continuou demitindo. Em julho de 2017, o Bradesco lançou o Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), no qual aderiram 7,4 mil trabalhadores. O custo do plano foi de R$ 2,3 bilhões, mas o efeito anual estimado é uma redução de custo de R$ 1,5 bi por ano. Ou seja, o banco gastou R$ 2,3 bilhões, mas em um ano e meio já terá coberto essa despesa”, explicou Carlos.

Na reunião dos bancários do Itaú foram debatidos temas como emprego e condições de trabalho, além de programas próprios de remuneração, como PLR e PCR. Também houve apresentações de balanço do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e dos planos de previdência da Fundação Itaú.

O diretor Raimundo Nonato de Souza (Neide) relata o que foi debatido no encontro do Itaú. “Elaboramos um documento e questionamos o AGIR, um programa do banco que cobra metas absurdas. E o que também nos chama atenção  no Itaú é a extrema rotatividade que  não contrata, apenas troca os funcionários de lugar, o que é um absurdo”, comentou.

Na sexta-feira (8/06), os bancários do Santander aprovaram a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (ACT) da categoria, com alterações pontuais na proposta em discussão com o banco. A minuta aprovada é a mesma que a já está em negociação com o banco, com poucas alterações.

Pelo Santander no Piauí, o diretor Cesário Alves Filho disse que o encontro foi interessante e pautas sérias foram discutidas por representantes de todo o país. “Falamos sobre a Participação dos Lucros do Santander que este ano pode chegar a R$ 2. 600,00; o plano de saúde, que em nossa opinião, todos  deveriam  ir para a Cabesp, e a polêmica que é o banco de horas”, disse.

Segundo Cesário, o certo é que as horas extras sejam compensadas dentro do mês e não sem data como eles querem fazer. As minutas foram entregues no dia 13 de junho.

 

 



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