A live sobre Saúde Caixa, realizada nesta terça-feira (13), debateu a situação do plano de saúde dos empregados e a atuação do Grupo de Trabalho que estuda o novo modelo de custeio e gestão a ser implementado em 2022. Os participantes falaram sobre os desafios de vencer as limitações impostas pela Caixa e pelo governo, que podem inviabilizar o plano, e sobre a necessidade de mobilização das entidades e dos trabalhadores para manter o Saúde Caixa solidário e sustentável para todos. 

 

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, iniciou o encontro com uma boa notícia, que foi a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/2018 na Câmara dos Deputados. O projeto da deputada Erika Kokay (PT/DF) anula os efeitos de uma das resoluções mais nocivas aos planos de saúde das estatais, a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). 

 

A resolução prevê um custeio paritário do plano, alterando o modelo atual, de 70% para a Caixa e 30% para os empregados. “Isso torna os planos de saúde inviáveis, do ponto de vista financeiro. E esse é só um dos malefícios da Resolução”, alertou Takemoto. 

 

Albucacis Castro, médico e consultor da Fenae e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) falou sobre a cobertura do Saúde Caixa, que é considerado um plano referência, e explicou sobre princípios fundamentais dos planos de autogestão, como a solidariedade e pacto intergeracional – aspectos que o GT considera inegociáveis, além do formato de custeio 70%/30%.  

 

O presidente da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa Econômica (Fenag) deu exemplo da importância do princípio do pacto intergeracional e sobre a união das entidades e dos trabalhadores para derrubar as medidas que podem tornar o Saúde Caixa inviável para os trabalhadores.  

 

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e do GT, conduziu a live e falou sobre o benefício pós-emprego e as dificuldades enfrentadas durante a Campanha Nacional dos Bancários para manter o modelo de custeio 70%30% e a incluir os empregados admitidos depois de 2018. Edgar Lima, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef), falou a respeito.   

 

A gestão do Saúde Caixa recebeu críticas da diretora de Relações do Trabalho da Fenae e da Intersindical, Rita Lima. Ela falou sobre as queixas dos usuários sobre atendimento e descredenciamento. “A área que deveria cuidar da saúde das pessoas está sendo desmontada propositalmente”, disse. “A nossa luta nesse momento é exigir da Caixa que aperfeiçoe a gestão e fortaleça a qualidade do atendimento aos usuários”. 

 

Perdeu a live e quer assistir na íntegra? Clique aqui e assista.



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