O Banco do Brasil vai realizar o maior concurso público nacional da história do país: foram 1.645.975 inscrições no total, sendo 1.605.751 para as vagas de Escriturário (Agente Comercial) e 40.224 para as de Escriturário (Agente de Tecnologia). As inscrições terminaram no último sábado (7), mas as provas só serão realizadas em 26 de setembro.



Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, essa é uma clara demonstração de mais um equívoco da política do atual governo, que resulta em recorde de desemprego no país e ainda tende a piorar. “Infelizmente, vemos uma política econômica que, ao invés de se preocupar em gerar empregos, vem aprovando retiradas de diretos trabalhistas e previdenciárias. Só iremos reverter esse quadro com políticas de indução da economia através dos bancos públicos, como ocorreu em 2008. O BB só fazer concurso público não é suficiente, pois 2.480 vagas não suprem as mais de sete mil cortadas com fechamento de agências em regiões que necessitam de atendimento bancário e crédito para a economia. Esse concurso é demagogia e propaganda eleitoral. Na verdade, esconde o quanto essa mão de obra é insuficiente no BB.”



Fukunaga lembra também que o desespero mostrado pela classe trabalhadora são reflexos das reformas feitas nos últimos anos. “O golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder, foi um golpe contra a classe trabalhadora também. Neles já estavam previstos as reformas trabalhistas e previdenciárias, que vinham com promessas de geração de emprego e renda, mas, na realidade, só aprofundou o desemprego e a precarização dos direitos trabalhistas”, completou.



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