O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou as negociações com seus funcionários, nesta quinta-feira (8), sem um acordo com a categoria, e anunciou que apenas segue nas conversações com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O BNDES é o único banco do país, entre públicos e privados, que ainda não fechou acordo na Campanha Nacional 2022.


“Durante todo o processo, a direção foi intransigente, quase nunca se dispôs a ouvir seus trabalhadores e apenas queria cortar conquistas adquiridas ao longo de anos, seguindo integralmente a cartilha do governo Bolsonaro de cortar direitos da classe trabalhadora”, denunciou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que participou das mesas com o banco.


Os empregados haviam rejeitado, em assembleia ocorrida no dia 24 de agosto, por 98,09% dos 1.677 votos, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) feita pelos representantes do Sistema BNDES, que inclui, além do banco, as subsidiárias BNDESPAR e Finame. “Um dos principais pontos responsáveis por essa esmagadora recusa é a tentativa de mudanças no plano de saúde, com a perda de direitos históricos adquiridos”, ressaltou o vice-presidente da Contraf-CUT.


A Comissão dos Empregados mantém sua proposta que inclui a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para a discussão do plano de saúde, a renovação automática do ACT e, no mínimo, a adoção das cláusulas econômicas negociadas para toda a categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Mas nem isso eles quiseram aceitar. A mesa toda foi um teatro e a categoria está indignada”, concluiu Vinícius.



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