Diretores e diretoras do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) paralisaram por duas horas as atividades da agência Itaú da rua Álvaro Mendes, no centro de Teresina, na manhã desta quinta-feira (01/02). O protesto foi contra o descumprimento de acordo trabalhista acertado com a categoria, além de outras medidas tomadas de forma unilateral, sem diálogo com os representantes dos trabalhadores.

Rompendo o Acordo Coletivo da categoria válido até 31 de agosto de 2018, o banco Itaú – assim como o Santander – informaram à Contraf-CUT que passarão a fazer a homologação de demissão dentro da agência, sem a presença nem do Sindicato. O diretor sindical Raimundo Neide afirma que o protesto é uma denúncia contra o banco Itaú.

“A gente está aqui para mostrar que temos força, e a maneira de mostrar isso é através de paralisações e mobilizações. Essa homologação só seria válido depois de terminar o nosso acordo trabalhista. Estão burlando e passando por cima do nosso acordo coletivo”.

O vice-presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, também denuncia o descumprimento do acordo do banco com a categoria. “O Sindicato é para acompanhar as homologações de demissões, mas os bancos querem fazer essa tarefa que não é da competência deles. Estamos aqui fazendo essa denúncia em defesa dos trabalhadores bancários. Comprovadamente os bancos privados, como o Itaú, tem uma rotatividade muito grande de substituição de empregados, porque são bancos que não têm nenhum projeto social, visam apenas o lucro por cima de lucro”.

Prejuízos da homologação sem acompanhamento do Sindicato

A homologação das demissões sem a presença do Sindicato deixa o trabalhador e trabalhadora reféns do empregador, como explica o diretor sindical Gece James. Primeiro, para fazer essas homologações são necessárias pessoas preparadas que fizeram cursos junto à Superintendência Regional do Trabalho para poder ter entendimento de como fazer esses cálculos. Às vezes tem o FGTS que não foi depositado, cálculo de férias errado, funcionário que está sob atestado médico ou sob CAT, e tudo isso não será levado em consideração se a homologação for feita sem presença do órgão fiscalizador, que é a Superintendência Regional do Trabalho ou o próprio Sindicato”.

O diretor sindical, João Neto, também alerta para a situação de precarização dos direitos dos trabalhadores. “O que estamos tentando aqui é vê se o Itaú e o Santander vão manter o acordo até 31 de agosto. Depois disso, vai ser como os patrões quiserem. Se as relações de trabalho já eram ruins, vão piorar. Os salários serão reduzidos, trabalhadores serão demitidos em massa. Os trabalhadores não vão ter certeza se o que estão recebendo está correto ou não”.



Fonte tags:»






Compartilhe :