Defender a Cassi foi o foco da reunião que diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI) realizaram na agência do Banco do Brasil, da Rua Álvaro Mendes, no Centro de Teresina, nesta quinta-feira (21/06). Os diretores Arimatea Passos (presidente), Gilberto Soares, Carlos Arias e Flávio Nogueira se reuniram com funcionários em um diálogo franco e direto sobre o perigo que a Cassi está correndo com as mudanças propostas pelo banco, sem negociação com a categoria, nem com os representantes dos trabalhadores.

“Falamos das dificuldades que a Cassi está enfrentando e da necessidade do banco voltar a negociar com os funcionários. Nós rechaçamos integralmente a proposta da Consultoria Accenture que o banco apresentou. Se o banco colocar em votação, nós pedimos voto contrário a essa proposta, porque ela diminui o poder dos associados, transforma a Cassi em um plano de mercado, muda a gestão, por isso somos totalmente contrários. O banco deve abrir um canal de comunicação para chegar a um consenso entre todos os interessados, para resolver o problema e a Cassi permanecer sendo um grande plano para os funcionários do BB”, afirmou presidente do SEEBF-PI, Arimatea passos.  

Qualquer mudança no estatuto da Cassi depende de negociação entre as partes – banco e associados -, mas o BB atropela esse processo e assedia funcionários, querendo impor mudanças sem ouvir, nem negociar com a categoria, desconsiderando que o BB é o responsável pela saúde dos funcionários.

O diretor do SEEBF-PI e funcionário do BB, Antônio Machado, ressalta que o recado para a categoria é conhecer a realidade da Cassi, que não é a que o banco, nem a que a Accenture estão dizendo. “O banco está fazendo terrorismo, coação, obrigando colegas a participar de reuniões em que não existe debate, apenas a palavra do banco de um lado e a gente ouvindo do outro. Não dá direito sequer de se fazer perguntas, até porque do outro lado só estão repetindo o que o banco manda, não tem argumentos nem conhecimento técnico para promover o debate e responder questionamentos. Precisamos entender como a Cassi está para dá um voto consciente. O banco vai forçar a barra e colocar em votação do jeito que quer e nós precisamos rechaçar isso e obrigar o banco a reabrir a mesa de negociação”, afirmou.

O presidente do SEEBF-PI, Arimatea Passos, também falou da importância da união para a Campanha Nacional 2018 que será ainda mais difícil que as anteriores. “Vamos fazer uma campanha em cima de uma nova lei trabalhista que em muito prejudica os empregados e só favorece aos patrões. É fundamental que todos compreendam o que reivindicamos, que conheçam a minuta, os acordos coletivos e participem. Que tenhamos união para manter o que nós já garantimos e avançar nessas conquistas, porque todas estão ameaçadas depois do dia 31 de agosto”, afirmou Arimatea.

O diretor Antônio Machado também destacou a importância da mobilização na Campanha Nacional desse ano. “A reforma trabalhista só veio para tirar direitos da gente e agora os bancos, apesar dos lucros exorbitantes, vão lutar para retirar os direitos que temos no nosso acordo coletivo. É importante mobilizar a categoria e promover a união para que mantenhamos esses direitos já adquiridos dentro do nosso acordo coletivo”.



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