Durante encontro, diretores e delegados decidem pelo retardamento da jornada de trabalho para pressionar a Fenaban a negociar
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20/08/2018 :» Gilson Alves Rocha :» Regionais
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Representantes das cidades de Luzilândia, Floriano, Picos, São João do Piauí, Piripiri, Altos, Esperantina, Corrente, Oeiras, Pedro II e Teresina participaram do Encontro de Diretores e Delegados Sindicais 2018, realizado dia 18/08, na sede do Sindicato dos Bancários do Piauí. Na oportunidade, a categoria se mostrou apreensiva e temerosa pela possível retirada de direitos e perda dos seus empregos, inclusive decidida a deflagrar greve o mais breve possível por tempo indeterminado.
Os trabalhos foram coordenados pelos diretores Arimatéa Passos, Odaly Medeiros, Marcus Vinícius e Lorena Ruama. Um dos assuntos mais discutido foi o retardamento da jornada de trabalho em uma hora na abertura dos bancos, a ser realizado em duas agências, sendo uma pública e outra privada, como forma de forçar a Fenaban a negociar com a categoria.
Na abertura, Arimatéa ressaltou que a campanha salarial deste ano será mais difícil que nos anos anteriores e que o momento é de união e luta pela manutenção das conquistas alcançadas pelos bancários.
Em sua avaliação, ele disse todos os delegados e diretores que marcaram presença estão de parabéns. “Era preciso fazer este encontro e ‘contaminar’ a categoria com essa mobilização, deixando todos prontos para o grande momento que está se aproximando, talvez uma greve”, pondera Arimatéa Passos, acrescentando que os temas abordados foram de grande importância, como o esclarecimento de toda a campanha 2018, bem como o encaminhamento de uma mobilização nesta semana a partir de terça (21/08), começando por Teresina. “Foi encaminhado e aceito pelos demais bancários que faremos a paralisação em uma agência pública na capital e, ao mesmo tempo, uma agência de banco privado também na capital”, explica, mencionando que o retardamento da jornada em uma hora deve acontecer ao longo desta semana.
Ele esclarece, ainda, que a ideia é percorrer todos os bairros de Teresina e comunicar à população sobre a possibilidade de iniciar uma greve. “Falamos um pouco da perspectiva das eleições do sindicato do próximo ano, como a dificuldade de manter um regimento como era no passado, até porque antigamente os bancos cediam funcionários para serem mesários, presidentes e secretários, mas hoje não têm mais isso, pois houve uma redução na quantidade de empregados cedidos. Então, vamos encaminhar uma equipe para cuidar desse processo de eleição”, complementa Arimatéa, destacando também a ampliação do albergue do sindicato.
O delegado sindical Francisco Domingos de Sousa Filho, da Caixa, aproveitou para dizer que os questionamentos dos empregados são grandes, especialmente quanto à manutenção das conquistas da categoria. “No cotidiano, os bancários sentem a expectativa de iniciar a greve, pois todos estão apreensivos quanto a manutenção do plano de saúde, por exemplo”, enfatiza ele, defendendo a força e união da categoria, alegando que não podem abrir mão dos direitos conquistados com muita luta.
Por sua vez, a diretora de Imprensa e Comunicação do SEEBF-PI, Hortência Oliveira, foi mais taxativa ao afirmar que “tudo está nos empurrando para a greve, mas devemos estar unidos e mais fortalecidos para enfrentar o que virá”, assegura.
Já a delegada sindical Lorena Ruanna, do Bradesco de Esperantina, conclamou todos a chamar a população para integrar o movimento dos bancários. “A gente tem que se manifestar e parar. Devemos usar as redes sociais para conscientizar a população da necessidade da paralisação no sentido de nos apoiar neste momento”, ressalta.
Tiago Soares dos Santos, delegado sindical do Banco do Brasil de Luzilândia, destacou a importância de divulgar à população o papel social dos bancos. “Se a população não abraçar a ideia do movimento dos bancários, será um fracasso”, analisa o sindicalista preocupado.
Para Odaly Medeiros, o encontro foi positivo, principalmente pela presença de delegados de várias regiões do interior do Piauí, “tratando-se do momento de uma campanha salarial e que envolve todos os interesses da categoria. Minha avaliação é que possamos fazer um planejamento e organização de tal forma que a Fenaban seja pressionada com a paralisação continua das agências bancárias e isso possa forçar a federação a negociar”, argumenta o sindicalista, destacando que há certa resistência, considerando que a lei não dá mais a cobertura de seus direitos e os representantes de bancos estão protelando exatamente para chegar à data do vencimento do acordo da categoria e assim poder implantar o que é de mais maléfico para sociedade e trabalhadores dos bancos púbicos e privados.
Para finalizar, o diretor Marcus Vinícius reforçou que se trata de uma campanha complicada neste ano, “onde a informação é a principal ferramenta para a gente atingir um sucesso”, observa, informando que nesta terça (21/08) deve acontecer mais uma rodada de negociação com a Fenaban, como também as rodadas específicas de cada banco (Banco do Brasil, Caixa, BNB e privados) na quarta, quinta e sexta-feira, sendo esta uma semana de muita luta e decisiva para o movimento bancário.
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