Bancários do Piauí protestam contra reestruturação do Banco do Brasil no Dia Nacional de Luta

Bancários de Teresina participaram na manhã desta sexta-feira (09/08), do Dia Nacional de Luta contra reestruturação do Banco do Brasil, mobilização que aconteceu simultaneamente em várias cidades. O protesto aconteceu em frente à Superintendência do BB da Rua Álvaro Mendes, centro da capital, e se deve ao anúncio do Plano de Adequação de Quadros (PAQ), anunciado dia 29/07 pelo banco e que prevê, também, a extinção de funções e da própria Superintendência no Piauí, além de redução de postos de trabalho e fechamento de agências e departamentos.

 Na cidade de Picos, interior do Piauí, bancários usaram preto em sinal de luto contra a postura do Banco do Brasil.

Em seu discurso, o recém-empossado presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, manifestou sua indignação diante das consequências que devem ocorrer por conta do PAQ do BB. “Este programa interessa, principalmente, a quem está no comando que são os gestores, pois é indicação do Presidente da República. A Superintendência perde, pois enquanto deveríamos estar construindo outros postos de trabalho, estão pretendendo acabar”, justifica, referindo-se a mudança da Superintendência que ficará subordinada ao Estado do Maranhão.

 Odaly enfatiza que os maiores prejudicados com tudo isso são os empregados do BB, até porque os bancos estão mais preocupados com os lucros. “Manifestamos nossa solidariedade aos bancários, mas temos que ter ações para barrar esses absurdos porque o critério de reestruturação é a vontade do gestor. Portanto, vamos defender o patrimônio do BB”, resume o sindicalista.

O diretor Arimatéa Passos também criticou o processo de reestruturação do BB que visa principalmente o lucro, “mas não há uma expectativa de concurso para novos funcionários”, diz, mencionando que a população é quem dá lucro aos bancos e as camadas menos favorecidas serão mais penalizadas. “Somos totalmente contra essa reestruturação”, reforça. Para ele, o BB deveria focar mais em melhorias e desenvolvimento na sua estrutura.

Por sua vez, o vice-presidente, Gilberto Machado, mostrou sua indignação com relação ao rebaixamento de agências diante das consequências que isso vai trazer. “O número de filas vai aumentar, além de mais demora em bancos, pois vários funcionários serão obrigados a se aposentarem”, lamenta.

Ele acrescenta que, na maioria das vezes, os clientes são orientados a acessarem os serviços através do aplicativo via smartphone. “Mas tem cliente que precisa do atendimento com o empregado, principalmente aqueles que não sabem ou não tem celular para isso”, pondera Gilberto.

Para finalizar, o sindicalista se mostra preocupado com essa reestruturação de agências e readequação de quadro de empregados. “Esse processo não atende à população, mas sim aos interesses do governo”, conclui.