O 13 de agosto foi mais um dia simbólico na luta unificada de estudantes e trabalhadores em defesa da educação pública e contra a reforma da Previdência. Assim como em todo o país, no Piauí os estudantes e trabalhadores da educação e demais áreas, sindicatos, Centrais sindicais e movimentos sociais marcharam pelas ruas do centro de Teresina com um recado claro ao governo Bolsonaro – Não aos cortes na educação! Não ao Future-se! Não à Reforma da Previdência.

 

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, ressaltou que a democracia brasileira foi construída com muita luta. “O processo democrático brasileiro foi construído nas ruas, ao longo de década, com a participação dos movimentos sociais, estudantes, professores, sindicatos, trabalhadores rurais. E essa democracia está sendo ameaçada. Hoje em todo o Brasil estamos nas ruas dizendo ao governo que o poder da sociedade é ilimitado do ponto de vista da democracia, que nos permite ir às ruas. A política do governo não tem compromisso com a classe trabalhadora. Não tem políticas voltadas para aqueles que trabalham e que sustentam a nação. Vamos fortalecer a luta e trazer o povo para as ruas e retomar nossa democracia e direitos”, disse.

 

 

Paulina Almeida, presidenta do SINTE Piauí, destacou necessidade de toda a sociedade se levantar. “É importante que a sociedade como um todo reconheça a importância da luta unificada pela valorização da educação pública brasileira e contra essa reforma da Previdência que tira o direito de aposentadoria digna. Acreditamos que só com a luta nós seremos capazes de reverter essa conjuntura adversa e perigosa que vende a soberania nacional. Só a luta vai reverter essa situação perigosa”, afirmou.

 

 

Future-se Não!

 

A integrante do Coletivo Afronte, Brenda Marques, frisou a luta contra os corte e contra o projeto Future-se. “O dia 13 é uma extensão do que a gente tem chamado de Tsunami da Educação. Hoje é um dia, nacionalmente, que nós iremos dizer de novo que os cortes não nos representam, nem o projeto Future-se que é um novo ataque que faz com que as empresas mandem nas universidades. É uma invasão do ensino privado dentro das universidades públicas e a expulsão dos que não podem ficar lá. E não vamos parar até conseguir barrar todos os desmontes do governo Bolsonaro”.

 

 

Cássio Borges, vice-presidente Nordeste da Associação Nacional de Pós-graduandos, ressalta que o movimento social estudantil é a vanguarda nesse momento em que o governo afronta a educação brasileira. “A partir do momento que esse ataque é sistêmico, retirando verbas, sucateando nossas instituições de educação pública, nós estudantes nos colocamos como guardiões na defesa dessas instituições. Precisamos está constantemente mobilizados para evitar que retrocessos aconteçam. Precisamos garantir que nossas escolas funcionem bem, que as universidades continuem se expandindo democraticamente e tenham seu funcionamento garantido”, disse.

 

 

As ruas como forma de resistência

 

O professor da Universidade Federal do Piauí, Fonseca Neto, enfatizou que só a o povo nas ruas pode reverter o contexto de imposição da Direita. “Estou aqui porque tenho a compreensão de que só na rua o povo brasileiro vai conseguir reverter essa hecatombe política que está nos afetando. Esse golpe que devastou a democracia e o sentido de construção civilizatória entre nós, que está impondo esse projeto obscurantista e fascista nesse momento que infelicita a vida nacional. Essa tirania precisa ser revertida e não tem outro jeito que não seja o povo na rua. Só essa linguagem os golpistas, os donos do poder vão compreender”, afirmou.

 

 

Aline Barbosa, coordenadora geral do Sindifpi, destacou que o movimento mostra que o povo está se levantando. “Hoje é mais um dia em que fica muito claro para o país inteiro que a população não está acuada por esse governo cheio de desmando, corrupção e nepotismo. Um governo que não tem nenhum projeto para o país, só tem compromisso com a retirada de direitos. Hoje é um dia que mostra que a classe trabalhadora não está parada, ela só precisa ser incitada. É preciso esclarecer aos outros para que todos se levantem em defesa de seus direitos”, disse.

 

 

A representante do Movimento Mulheres em Luta, Priscila Gadelha, também destacou a importância da luta unifica e do levante social. “Precisamos resistir muito, porque o ataque à educação tem sido brutal. Precisamos unificar nossa luta, estudantes e classe trabalhadora para lutar contra todos esses ataques que prejudicam a todos. Por isso a luta precisa ser unificada e não aceitar nem um tipo de negociação que permita essa reforma da previdência que prejudica toda a classe trabalhadora”, afirmou.

 

 

 



Fonte SEEBF-PI tags:» 13 de Agosto, Defesa da educação, Contra reforma da Previdência, SEEBF-PI






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