Bancários de Teresina aderem à campanha contra privatização da Caixa nesta sexta, 8h, em frente à agência Areolino de Abreu
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18/12/2019 :» Gilson Alves Rocha :» Regionais
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Teresina também vai aderir ao lançamento da campanha nacional #aCaixaétodasua que está se espalhando pelo país. Será nesta sexta-feira (20/12), a partir das 8h, em frente à agência da Caixa na Rua Areolino de Abreu, Centro da cidade. Lançada pelo Comitê Nacional em Defesa da Caixa, a iniciativa tem por objetivo chamar a atenção de empregados do banco público e da população para os prejuízos que a venda de partes da empresa, como seguros, loterias e cartões, poderá trazer para a sociedade, além de alertar sobre as consequências da retirada do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) da Caixa.
Para isso, começou recentemente uma ampla divulgação na mídia, além de atividades de mobilização.
De acordo com a diretora do Sindicato dos Bancários do Piauí, Francisca de Assis Araújo, “a campanha dos empregados da Caixa, através das suas entidades organizadas, estão a nível nacional contando para a população quais são as ameaças reais contra a Caixa Econômica enquanto empresa pública que tem oferecido ao país a oportunidade do desenvolvimento com todas as operações que ela realiza com os financiamentos que ela tem, através do FGTS para a habitação e saneamento e todos os recursos que são devolvidos aos Ministérios Sociais por meio das loterias e dos lucros e rentabilidade que a Caixa tem”, esclarece.
Ela acrescenta que, se a Caixa deixar de render o que ela rende e de oferecer os serviços que ela oferece, “quem vai perder mais uma vez é a sociedade, porque de cada operação que a Caixa tem, o que rende lucro volta para o Tesouro, e o que não volta direto para o Tesouro com a rentabilidade loterias, por exemplo, uma parcela dela vai os Ministérios da Saúde, Previdência e da Educação”, justifica a sindicalista.
De Assis enfatiza que todas essas oportunidades que a Caixa dá para a população brasileira, devolvendo a ela através de serviços de financiamento da área social, “o prejuízo é para a sociedade, mas como o governo com o propósito de reduzir os espaços das empresas e bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB e Basa), também estão sob ameaça da redução e os setores lucrativos desses bancos são os que estão sendo esvaziados”, diz, referindo-se a venda das loterias, possibilidade da venda dos cartões pelo esvaziamento do FGTS, tanto na distribuição já feita como na oportunidade de fazer mais e ainda com a possibilidade dos recursos do FGTS estarem sendo fechados para o financiamento e para redução do serviço da construção civil no Minha Casa, Minha Vida, por exemplo.
É por meio dessas áreas estratégicas que o banco financia menores taxas para a compra da casa própria, a operação de toda a área social, como benefícios ao trabalhador, acesso a produtos e serviços por meio da bancarização, o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), por exemplo. São essas áreas também que financiam o Minha Casa Minha Vida, o maior programa habitacional do Brasil, para a população de baixa renda. Desde 2009, foram mais de quatro milhões de unidades habitacionais, um investimento de R$ 105 bilhões, beneficiando 16 milhões de pessoas. Mais que reduzir o déficit habitacional, o programa ainda contribui para a geração de empregos, foram 1,2 milhões em 10 anos de programa.
A Caixa é o banco da cidadania, da distribuição de renda e da inclusão social. Por meio das mais de 3,3 mil agências, a Caixa faz o pagamento para 13,5 milhões de beneficiários do Bolsa Família. Graças a essa capilaridade, que está em risco com o fechamento de diversas agências e postos de atendimento, as famílias que vivem em munícipios mais afastados têm como receber seu benefício todo mês.
Outro setor estratégico da Caixa são as Loterias. Para além do sonho dos apostadores, nos últimos anos, aproximadamente metade dos recursos das apostas são aplicados em saúde, segurança, cultura e esporte, beneficiando toda a população. Além disso, os prêmios que não foram reclamados em 90 dias após a data do sorteio são repassados ao tesouro nacional para aplicação no Fundo do Fies. Esse repasse tem caído no decorrer dos anos. Em 2017, o Fies recebeu cerca de R$ 1,3 bilhões das Loterias. O valor passou para pouco mais de R$ 730 milhões em 2018.
A campanha pretende mostrar para a sociedade que vender a Caixa, atualmente único banco 100% público do Brasil, compromete sua função social e de desenvolvimento do país. “A Caixa está na vida de todos os brasileiros diariamente, embora muitos não tenham essa noção. E eles precisam saber que a privatização, mesmo que fatiada, poderá comprometer totalmente a aplicação dos recursos que o banco administra na área social ", destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira.
A campanha nacional #aCaixaétodasua ocorre em um momento decisivo. A cada dia estão mais claros os planos para privatizar o banco. “A Caixa não pode deixar de ser o banco da casa própria, da poupança, do saneamento básico, do Fies, do Bolsa Família, dos municípios. Isso só é possível com a manutenção do caráter 100% público. Às instituições privadas não interessa o papel social desempenhado pela Caixa, o que significa dizer que ele não será mantido”, afirmou Jair Ferreira.
Acesse www.acaixaetodasua.com.br e saiba mais.
Fonte SEEBF-PI tags:» Campanha Caixa Areolino de Abreu
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