Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa é marcado por ato de protesto em frente agência em Teresina

Dialogar diretamente com a sociedade sobre a importância da Caixa como um banco público fundamental para desenvolvimento social do país. Esse foi presente que o banco ganhou pelos seus 159 anos (completado dia 12/01), com protestos em todo o país, nesta segunda-feira (13/01), marcando o Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa. No Piauí, o Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), juntamente com a APCEF Piauí e Fenae realizaram mobilização em frente a Caixa da Praça Rio Branco, Centro de Teresina, com participação da CUT Piauí e diversos outros sindicatos.

O presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, ressaltou a importância da Caixa, principalmente paras camadas mais pobres. “Na conjuntura atual de fato não temos motivo para comemorar, porque o governo federal está privatizando setores importantes da empresa. Hoje estamos nas ruas repassando para a sociedade esse sentimento de que a Caixa não pode e nem deve ser vendida, por isso queremos a participação da sociedade em defesa dessa empresa. Estamos nas ruas repassando essa mensagem para a sociedade compreender esse propósito de defender a Caixa e os projetos sociais feitos por ela”, afirmou Odaly.

Gilberto Soares, vice-presidente do SEEBF-PI, também frisou que o banco está de aniversário, mas o momento é de luta. “A Caixa está de aniversário, no entanto os funcionários e a população não têm nada para comemorar, infelizmente. Hoje é uma data de luta contra a privatização. A Caixa está passando pelo pior momento de sua história, sob ameaças de privatização e venda de suas subsidiárias. Essa manifestação é um alerta à população, que será a principal prejudicada nesse processo de privatização”, disse Gilberto.

A presidenta da APCEF Piauí, Glória Araújo, também alertou para os riscos da privatização. “Aproveitamos o aniversário da Caixa para alertar a população sobre o risco dessas privatizações que estão vindo à todo vapor, por esse governo federal, que de uma canetada só está querendo privatizar tudo. Não respeitam a história dos bancos públicos e toda a luta que tivemos ao longo desses anos. O que o governo pretende, e que está implementando, é isso, esvaziando as empresas, tirando os empregados. Agências que antes tinham 150 empregados, hoje funcionam com 40, com 30. Temos agências no interior do Piauí funcionando com 4 empregados e isso é um absurdo”, denunciou Glória.

Uma luta de todos

A diretora do Fenae, Francisca de Assis, destacou a presença de outros sindicatos fortalecendo a defesa das empresas públicas. “Foi bastante positiva nossa mobilização, com a presença da CUT Piauí e sindicatos filiados, porque trazem uma visão de outras entidades públicas que estão sendo reestruturadas e reduzidas, tanto quanto os bancos públicos. Vimos aqui a história da privatização da Previdência, da energia, essas entidades esclareceram com fatos reais quais são as dificuldades que acontecem e que a população nem sempre compreende o que é privatizar”, disse De Assis.

Paulo Bezerra, presidente da CUT Piauí, também ressaltou a importância do diálogo direto com a sociedade. “É uma luta para mantê-la pública, não apenas a Caixa, mas todos os bancos públicos que trazem benefícios diretos. Os bancos públicos são fundamentais e temos que fazer esse diálogo com a população, dizendo que a política de venda do patrimônio público é prejudicial. Vivemos um momento difícil e a população ainda não entendeu, precisamos conversar e dizer que essa defesa tem que ser feita pela sociedade também, não apenas pelo movimento sindical”, afirmou Paulo.

A diretora da Fenae e do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Rita Lima, esteve presente ao protesto e também reforçou a luta em defesa da Caixa. “Estou aqui para dialogar com a sociedade, porque a Caixa é do povo e precisamos defendê-la inteira, não pela metade. Precisamos dizer para a sociedade que ela precisa se erguer junto conosco para defender esse patrimônio que completou 159 anos de bons serviços prestados à sociedade brasileira, principalmente ao povo que mais precisa. Esse é o recado de hoje, a caixa é toda sua e precisamos mantê-la inteira”, disse Rita.

O diretor do SEEBF-PI, Arimatea Passos, também destacou importância social da Caixa. “A história da Caixa mostra que ela é um banco que sempre esteve ao lado das populações mais carentes do país, possibilitando inclusão social desde sua origem até os dias atuais é um banco que atua para o desenvolvimento do país, com programas de acesso a habitação, educação e infraestrutura”, afirmou.