Com o avanço na vacinação contra a Covid-19 e a flexibilização de algumas medidas impostas pela pandemia, a Diretoria do Sindicato dos Bancários do Piauí tem retomado as visitas e reuniões nas agências bancárias do Piauí. Mas a realidade percebida dentro das agências tem sido de bancários e bancárias estafados pelo grande volume de trabalho frente a um quadro de pessoal reduzido pelo home office.

Entre os dias 13 a 15 de outubro, os diretores Gilberto Soares (vice-presidente), Arimatea Passos, Carlos Arias Camarão e Robert Mendes visitaram as agências do Banco do Brasil Jóquei, Centro e Marquês dialogando com a categoria sobre Acordo Coletivo, vacinação, saúde, e a situação dos que estão em atendimento presencial. 

 

Gilberto Soares explicou que os diretores têm percebido que as equipes estão num esgotamento físico e mental muito grande, devido a grande quantidade de atendimentos, metas excessivas e cobranças. 

“Frisamos que os clientes merecem um bom atendimento. Mas temos muitos funcionários ainda em home office, por serem grupos de risco. A equipe dentro das agências está muito limitada, o atendimento ainda está contingenciado, horário de atendimento reduzido, por conta da pandemia. Mas a gente observa uma demanda muito grande, e isso tem acarretado um esgotamento físico e mental das equipes que estão nas agências. Temos ouvido os funcionários por onde temos passado, desde o agente comercial, até o gerente da agência. O diálogo é nosso principal caminho”, disse Gilberto. 

O diretor Arimatea Passos explica que depois de um período mais crítico da pandemia, o sindicato retorna, com toda segurança, a fazer reuniões nas agências, ouvindo as demandas, para buscar junto à Superintendência ações que possam amenizar a situação que os funcionários estão enfrentando. 

 

“O objetivo é visitar todas as agências, ouvir as aflições que estão passando, quem está no atendimento presencial, mas também quem está em home office. Chegamos numa agência que de 21 funcionários, apenas 08 estão presencial. A gente percebe a estafa que cada um está sofrendo. Muitos deixando de pedir férias, porque não podem sair devido ao número muito reduzido, por isso estão estafados, uma consequência da pandemia”, disse Arimatea Passos. 

O diretor Carlos Arias Camarão destacou a importância do acordo coletivo assinado por 02 anos, que se mostrou uma estratégia vitoriosa e também frisou a importância do apoio aos bancários nesse momento de grande estresse devido ao volume de serviço para um quadro reduzido. 

“Falamos sobre a saúde do bancário que está muito comprometida exatamente pelo volume de serviço. Agências lotadas e um quadro funcional reduzido, a categoria está muito apreensiva para o retorno dos colegas, porque não aguentam mais a carga de serviço. Colocamos à disposição o psicólogo Ricardo Cruz, com quem temos um convênio que dá direito a três consultas, podendo prorrogar se o caso for mais acentuado e necessário. No começo da pandemia, os clientes respeitavam os protocolos, agora querem entrar de qualquer jeito, chegam até a agredir os funcionários e gritar com os seguranças”, relatou o diretor Camarão. 

 

Construção de Protocolo de retorno do home office

O diretor Arimatea explica que o Banco do Brasil fez um “chamado” para quem está em home office. Frente a isso, o movimento sindical interveio, levando o banco a criar uma comissão para discutir o tema, ouvindo os dois lados. “O Banco do Brasil criou uma comissão paritária composta por técnicos e representantes do movimento sindical para discutir um retorno seguro de quem está em home office, que é um número muito grande. Está sendo confeccionado um protocolo com toda a segurança necessária. Estamos participando desse processo e é importante que os funcionários também acompanhem. Creio que ainda nesse mês de outubro sejam definidas as regras desse retorno”, informou Arimatea.

 

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Matéria e fotos: João Henrique Vieira



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