O Sindicato dos Bancários do Piauí constrói uma história de lutas e conquistas escrita desde 17 de março de 1954. São 68 anos lutando em defesa da categoria bancária no Piauí. Travamos diversas batalhas, atravessamos uma ditadura militar, lutamos pela redemocratização e entramos no século XXI em sintonia com os desafios atuais. 

 

O caminho até aqui não foi fácil, mas o Sindicato não desistiu em meio às adversidades e foi à luta. Prova disso foi a aquisição da sede própria do sindicato que só aconteceu 38 anos após a fundação do Sindicato. 

 

O ano de 1992 foi marcante para o Sindicato em diversos aspectos. Foi nesse ano que Regina Sousa foi eleita como a primeira mulher para presidir o sindicato. Nesse ano o Sindicato dos Bancários participou da primeira Convenção Coletiva de Trabalho. 

 

Dois anos depois, em 1994 os funcionários da Caixa decretam greve por tempo indeterminado, e o sindicato denuncia escândalo na Caixa, culminado na exoneração do secretário de Fazendo, Ocílio Lago, e do superintendente do banco.

 

Em 1995 quase 100% dos trabalhadores da Caixa aderiram à greve, conquistando pagamento de abono, aumento no ticket alimentação e auxílio creche e criação de Comissão de Relações Trabalhistas. Nos bancos privados se conquista pela primeira vez a PLR, auxílio alimentação para bancária em licença maternidade e reajuste acima do INPC. 

 

Em 1999 o Sindicato constrói o Albergue na sede em Teresina. No mesmo ano o sindicato iniciou uma caravana em defesa dos bancos públicos, percorrendo todas as regiões do Piauí até ano de 2000, coletando 10 mil assinaturas, que foram remetidas ao Congresso Nacional.

 

Já em 2002 foi impulsionado o setor Jurídico do sindicato, com a contração de escritório jurídico. O ano seguinte é marcado por forte mobilização, com uma greve de 31 dias, conquistando a reposição total da inflação do período. Os congressos da categoria apontam para a unificação da campanha salarial, com bancários do setor público e privado lutando por uma Convenção Coletiva de Trabalho. 

 

E durante as greves dos bancários houve muita pressão. Em Teresina, no ano de 2008, a Polícia Militar foi acionada pelo Bradesco para forçar a abertura da agência durante uma greve, mas os bancários se mantiveram firmes. 

 

Foi em 2015 que o sindicato comprou a sede da Regional de Parnaíba e foi sancionado pelo governo do Estado o projeto de lei de Feriado do Dia do Bancário (autoria da deputada Flora Isabel).

 

Em março de 2020 inicia a pandemia da Covid-19. Em assembleias o sindicato garante o teletrabalho para bancários e afastamento de grávidas para home office. Com o agravamento da crise econômica o sindicato realiza campanhas solidárias com distribuição de cestas básicas para entidades e pessoas carentes, e EPIs para a categoria. Segue uma luta incessante para o cumprimento dos protocolos e medidas de proteção aos trabalhadores que permaneceram em trabalho presencial. O sindicato firma convênio e passa a oferecer atendimento psicológico para bancários e bancárias que sintam essa necessidade.

 

Já em 2021 o sindicato, por meio de assembleia dos trabalhadores da Caixa, decidiu pelo “estado de greve”, contra privatização fatiada do banco, e pela vacinação da categoria. Lutamos incessantemente pela inclusão dos bancários do estado no plano de vacinação do estado. Após reunião do sindicato com o governador Wellington Dias, em junho de 2021, os bancários e prestadores de saúde são inclusos no plano de vacinação e começam a ser vacinados em Teresina no mês julho. Por toda a luta do sindicato, o Piauí foi primeiro estado do Brasil a vacinar a categoria bancária. 

 

Em 2021 o sindicato foi pioneiro em dois projetos: Realizou pesquisa aprofundada resultando no Infográfico “Bancários Piauienses em Números”, um panorama detalhado sobre a categoria no Piauí. Também promoveu ampla pesquisa para traçar um diagnóstico sobre a saúde da categoria no Piauí, que irá embasar ações e políticas de proteção à saúde dos bancários e bancárias piauienses.

 

Seguimos nos adaptando à nova realidade, com eventos realizados de forma virtual ou híbrida. Mantivemos as campanhas solidárias. Cobramos os cumprimentos dos protocolos, acompanhamos denúncias e cobramos soluções. Tivemos muitas perdas de colegas. Um tempo difícil, mas seguimos firmes lutando contra o fechamento de agências, contra o assédio e por condições dignas de trabalho.

 

São 68 anos de uma história de luta e resistência e não vamos parar. Ainda há muito o que conquistar! 

 

Texto: João Henrique 
Adaptação: Nataniel Lima
 



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