Reunião marca a retomada da Mesa de Negociação Permanente com o BNB
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16/04/2024 :» João Henrique Vieira :» Regionais
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Em reunião na última sexta-feira (12/04), na sede Administrativa do Banco do Nordeste, em Fortaleza (CE), foi retomada da Mesa de Negociação Permanente entre a Comissão Nacional dos Funcionários e Funcionárias do BNB (CNFBNB). Na reunião, a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão dos Funcionários do BNB, acompanhou esse momento importante que marca a retomada do debate de temas como mudanças no Promova-se, horas extras, ponto eletrônico, igualdade de oportunidades, diversidade, saúde do trabalhador, combate ao assédio, entre outros.
A Diretora do Sindicato dos Bancários do Piauí, Lusemir Carvalho, participante da Mesa representando os funcionários do BNB no Piauí, frisou a importância da retomada do debate sobre esses temas de interesse da categoria, principalmente pela proximidade da Campanha Nacional 2024.
“A retomada da Mesa de Negociação Permanente com o banco é de extrema importância, haja vista que estamos próximos da nossa Campanha Nacional dos Bancários e Bancárias, onde iremos dialogar com a categoria buscando avançar nas conquistas. Vamos iniciar debates e demandas que possam se tornar direitos e melhorias no trabalho. Então, estar permanentemente debatendo e buscando soluções para as demandas da categoria é de fundamental importância”, afirmou Lusemir Carvalho.
Na reunião, Gustavo Tabatinga, o secretário geral da Contraf-CUT, cobrou do banco uma postura de incentivo à igualdade de oportunidades, com políticas de incentivo à ascensão profissional das mulheres. Destacou ainda a importância das práticas ASG nas análises financeiras (aspectos ambientais, sociais e de governança), conceito que traz uma nova maneira de olhar para a sustentabilidade financeira visando equilibrar o crescimento econômico com o cuidado humano e ambiental.
Temas debatidos
Em relação às mudanças no Promova-se, já cobradas pela CNFBNB na última negociação, em dezembro de 2023, o Banco fez uma apresentação das mudanças já realizadas, como a avaliação curricular que passou a ter mais peso do que as entrevistas (60%/40%), tornando os processos mais objetivos; o tempo máximo de vacância nos postos de gestão agora é de 120 dias; o tempo máximo de substituição também de 120 dias. As entidades fizeram novas reivindicações, tais como a possibilidade de Analistas Bancários substituírem Auxiliares de Negócios, para que possam pontuar por experiência, e assim ampliarem suas possibilidades de ascensão. As entidades também reivindicaram que Auxiliares de Negócios tenham vários níveis, com acréscimos remuneratórios, a exemplo de outras funções do eixo técnico.
Foi apontada uma aparente distorção nas pontuações para gerências médias de agência, que podem ter pontos extras que os colocam em vantagem, aparentemente injusta, em relação às gerências médias em centrais, por exemplo, em concorrências para funções de gerência principal, até mesmo das próprias centrais.
A CNFBNB solicitou a criação de caixa postal para centralizar a comunicação entre o Banco e as entidades, minimizando falhas de comunicação, e agilizando processos como pedidos de liberação para atividades sindicais, novas sindicalizações, entre outros assuntos. Também foi solicitado que nos ofícios de confirmação de liberação para as atividades sindicais, constem também as liberações nos dias de trânsito, evitando dúvidas quanto aos dias de liberação do funcionário.
Também foi reivindicado que os Sindicatos tenham acesso ao sistema de ponto eletrônico das unidades localizadas em suas bases territoriais, para que possam monitorar os registros sempre que julgarem necessário e combater burlas e irregularidades. Além disso, a CNFBNB cobrou um protocolo para funcionários ameaçados de morte em seus locais de trabalho, e a direção reconheceu a necessidade.
Trabalho Híbrido: a Comissão novamente reivindicou que os trabalhadores tenham direito à hora extra nos dias em que estiverem trabalhando presencialmente. A direção informou que consultou a Febraban sobre o assunto e a solicitação foi negada devido ao acordo aditivo de trabalho híbrido, realizado no período da pandemia, que orienta que se observe a jornada de trabalho. A Comissão destacou que vai tratar o assunto na mesa de negociação durante a campanha salarial para tentar inserir essa ressalva na renovação do acordo aditivo.
Horas Extras: a Comissão questionou quanto aos valores das horas pagas pelo BNB nos finais de semana e feriados (hoje a adição é de apenas 50%, quando pela lei, deveria ser dobrada). O Banco alegou que pratica o que está na lei e solicitou que as entidades enviem os casos em que isso está ocorrendo. As entidades solicitaram ainda que, com relação às horas extras sobre o 13º, prevaleça o que for mais favorável ao funcionário, seja a média anual ou as horas extraordinárias realizadas em dezembro.
Mudanças de comissionados: a Comissão Nacional sugeriu que mudanças no quadro de comissionados nas agências não sejam exclusividade do gerente geral, mas que as entidades também possam acompanhar esses processos, pois influencia diretamente na vida dos funcionários que já trabalhavam nessas unidades antes da mudança na gerência principal.
Saúde do Trabalhador: a CNFBNB cobrou que a avaliação de desempenho, de funcionários que estão voltando de licença, fosse realizada com redução das metas, proporcionalmente ao período de afastamento. Atualmente, o BNB considera o ano completo, mas ficou de analisar a questão. A Comissão também cobrou que fosse disponibilizado às entidades sindicais o relatório de afastamentos, para que pudessem acompanhar e ajudar a solucionar os problemas.
Outra cobrança das entidades foi a implementação de uma política de atenção especial aos funcionários com neurodivergências (TDAH, autismo, dislexia, discalculia, superdotação, e etc), pois sendo melhor compreendidos podem contribuir extraordinariamente com os objetivos do Banco. Foi solicitado ainda que a questão da saúde mental dos funcionários seja melhor avaliada no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
Assédio: o Banco solicitou apoio das entidades no combate aos casos de assédio moral e sexual. Enfatizou que não compactua com qualquer prática de assédio e vai coibir todos os casos constatados, e as entidades se comprometeram, aproveitando a ocasião para solicitar que seja ampliada a estrutura da Comissão de Ética para dar mais celeridade na apuração das denúncias de assédio apresentadas.
Fonte João Henrique Vieira (SEEBF/PI) com informações SEEB/CE tags:» SEEBF/PI; BNB; CNFBNB; Mesa de Negociação; Direitos; Sindicato
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