Conferência da Fetrafi/NE apresenta prioridades para a Campanha Nacional da categoria

Definir as prioridades da Campanha Nacional foi um dos objetivos principais da XIII Conferência Regional da Fetrafi/NE, realizada entre os dias 3, 4 e 5 de maio, em Recife (PE). Ao todo, participaram 129 delegados e delegadas dos sindicatos filiados – Alagoas, Campina Grande, Cariri, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí – além da Oposição Bancária do Maranhão.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí e vice-presidente da Fetrafi/NE, Odaly Medeiros, explicou que na conferência os bancários e bancária do Nordeste debateram as estratégias e reivindicações que serão levadas para a 26ª Conferência Nacional da categoria, que será realizada entre os dias 7 e 9 de junho.

“Foram dias de intensos aprofundando o debate em torno de questões que são prioritárias para os trabalhadores do ramo financeiro. Os bancários e bancária de nossa região destacaram as estratégias, demandas e reivindicações que levaremos para os Congressos específicos e para a Conferência Nacional. A unidade e a mobilização da categoria em todo o Brasil são pontos fundamentais em nossa luta para a manutenção dos direitos e para avançar em novas conquistas. Saúde, emprego, condições de trabalho são temas fundamentais para nossa categoria”, afirmou Odaly Medeiros.

Mesa de Conjuntura

No 1º dia de evento (03/05) foi debatida a atual conjuntura política. Gustavo Tabatinga, secretário geral da Contraf-CUT, apontou desafios e perspectivas políticas que influenciam diretamente o setor financeiro e os trabalhadores e trabalhadoras. “É uma grande satisfação estar aqui fazendo uma análise de conjuntura para a categoria, mostrando desafios e o que vamos enfrentar na nossa Campanha Nacional. É importante estarmos engajados para um momento de lutas e de conquistas. Vamos avançar com a nossa unidade para conquistarmos mais”, destacou Gustavo Tabatinga.

Mulheres

No segundo dia de programação, Kelly Quirino, membro do Caref/BB, conduziu o debate sobre os desafios de ser mulher em todos os ambientes, inclusive no trabalho. Ela abordou sobre os impactos da herança escravocrata, especialmente sobre as mulheres as negras, que frequentemente não têm seus direitos reconhecidos, nem são valorizadas no seu trabalho de cuidar. Destacou a necessidade de discutir temas como violência, opressão e preconceito e a importância das eleições municipais para a escolha de líderes comprometidos com a igualdade de gênero, e que eleger mulheres é crucial para garantir que essas questões sejam priorizadas. Além da importância de educar os meninos desde cedo para respeitar a igualdade e para contribuir para uma sociedade mais justa.

Análise da CCT

Ainda no segundo dia de debates, o advogado Fetrafi/NE, Gustavo Gomes, detalhou as 90 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Esse trabalho realizado pelo corpo jurídico da Federação em colaboração com técnicos do Dieese está disponível no site da federação (www.fetrafine.org.br) sendo uma importante ferramenta para entender os avanços das negociações anteriores e identificar oportunidades para novas conquistas para a categoria.

A coordenadora da COE Bradesco, Magaly Fagundes, fez um análise sobre as transformações no setor financeiro nacional destacando as tendências que estão redefinindo o ambiente de trabalho, tais como as mudanças tecnológicas, novas regulamentações do Banco Central. Também discutiu sobre a evolução da legislação trabalhista, apontando o impacto dessas mudanças na sindicalização e nas condições de trabalho, apresentando um panorama detalhado e atualizado sobre os desafios no setor financeiro.

Plenária Geral

Fechando a programação da Conferência (05/05), a presidenta da Contraf/CUT, Juvandia Moreira, junto com os delegados e delegadas se reuniram na plenária geral que definiu as prioridades dos bancários e bancárias da região Nordeste que serão levadas à Conferência Nacional – reajustes salariais que acompanhem a inflação, políticas de inclusão, redução de metas excessivas, impacto das novas tecnologias no emprego, reforma tributária, defesa dos bancos públicos, políticas para redução de taxas de juros, combate ao assédio moral e a busca por um ambiente mais saudável e respeitoso para todos os funcionários e funcionárias.

“Reunimos os bancários e bancárias do Nordeste para debater a Campanha Nacional, um processo que envolve um país de organização e de reivindicações para manter e conquistar novos direitos, para contribuir com o desenvolvimento da sociedade, cobrando do sistema financeiro uma responsabilidade social, mas também melhores condições de trabalho para a categoria”, concluiu Carlos Eduardo, presidente da Fetrafi/NE.